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Se você enfrenta a desafio da Arritmia Cardíaca, saiba que não está sozinho… As Arritmias e seus sintomas, como as palpitações, são queixas frequentes no meu consultório de cardiologia. Quando as palpitações surgem, elas impactam consideravelmente a vida de muitos pacientes, podendo gerar desconforto e ansiedade. Por outro lado, é importante ressaltar que muitas arritmias são assintomáticas. Há um lado positivo…

O aspecto positivo é que, na maioria das vezes, a Arritmia não levará a uma morte súbita. No entanto, é crucial que você e seu médico estejam atentos a certos sinais de alerta, já que a Arritmia Cardíaca e as Palpitações podem servir como indicadores de doenças cardíacas graves, conforme detalhado neste artigo de revisão.

Meu nome é Leonardo Alves e sou médico cardiologista: Se o seu interesse é obter mais informações sobre a Arritmia Cardíaca, você está no lugar certo. Nesta página, reuniremos todas as informações relacionadas às diversas arritmias cardíacas, discutindo suas principais causas e consequências. Não deixe de ler e, caso tenha dúvidas ou perguntas, sinta-se à vontade para compartilhá-las nos comentários. Estamos aqui para ajudar!

Pergunte ao Cardiologista: Dúvidas dos leitores.

Olá doutor, eu tenho 15 anos e descobri hoje que tenho arritmia, meu médico disse para que eu procurasse um cardiologista com urgência. Estou com medo, será que devo me preocupar?

Resposta do Dr Leonardo Alves Cardiologista:

“…que eu procurasse um cardiologista com urgência.”  felizmente, a grande maioria das vezes, como dito logo acima não levará o paciente a um problema sério ou uma parada cardíaca.

Mas é inegável o grande transtorno que as palpitações e o nome “arritmia cardíaca” causam nos pacientes.

Neste artigo, apresentarei narrativas verídicas, embora os nomes sejam fictícios, e abordarei mais de 250 perguntas dos leitores deste blog. Recomendo a leitura até o final e encorajo você a compartilhar suas dúvidas nos comentários para que eu possa fornecer respostas relevantes. (Heart.org)

Uma História Real! Carlos e sua Palpitação! 

Carlos, um nome fictício utilizado para representar um paciente real, procurou minha consulta recentemente. Com 32 anos de idade, ele desempenha o papel de caixa em um supermercado. Vou compartilhar um resumo do que ele compartilhou, e gostaria de saber se há alguma semelhança com situações da vida real que você tenha conhecimento. (MayoClinic)

“Era um dia normal, uma terça-feira. Como de praxe, acordei, tomei meu banho e fui tomar meu café com pão e meu queijo. Assisti ao jornal e me preparei para ir para o trabalho…

Quando de repente: TUM-TÁ-TUM-TÁ!

O quê foi isso?! Eu estremeci, conta ele!

Meu coração bateu de uma forma como eu nunca tinha visto ou sentido antes!

De novo: TUM-TÁ-TUM-TÁ!

Alguma coisa estava acontecendo comigo e, pior, dentro do meu peito!

Quê sintoma é esse?, disse ele expondo seu sotaque mineiro…

Será que estou infartando?!

Ele relatou que sentiu como se seu coração fosse saltar pela boca, causando-lhe grande pavor. Ele nem conseguiu concluir a ingestão do café com queijo. Como médico e mineiro, percebi prontamente que qualquer situação capaz de fazer um mineiro abandonar um café com queijo não poderia ser algo trivial, indicando a gravidade do ocorrido.

A sensação perdurou apenas alguns segundos, no entanto, Carlos ficou impactado por cerca de 10 minutos. Durante esse tempo, ele não conseguia afastar os pensamentos sobre o que havia experimentado.

Mas, Graças a Deus, aquele sintoma diferente não voltou!.

Do mesmo jeito que vieram, os sintomas foram embora…

Eu pergunto a você, leitor:  Você já sentiu na pele, os sintomas de Carlos?

Certamente, você pode estar se questionando: “Afinal, o que Carlos experimentou? Qual foi o problema que ele enfrentou?” Abordaremos essa questão com cuidado, pois ao concluir este artigo, procuraremos chegar a uma conclusão esclarecedora.

O que é a Palpitação que Carlos sentiu?

Tudo indica que Carlos experimentou uma sensação de palpitação cardíaca!

A maneira como ele descreve seus sintomas assemelha-se à palpitação, que é a manifestação clínica (o sintoma) de que o coração saiu do ritmo, resultando na percepção anormal dos batimentos cardíacos.

Portanto, se o coração acelerar, o paciente pode notar essa aceleração e relatar a presença de palpitação. Da mesma forma, se houver uma alteração no ritmo (sem taquicardia ou bradicardia), o paciente também pode relatar a sensação de palpitação.

Veja outras manifestações clínicas de Palpitação: 

Os pacientes referem a palpitação como:

  • Pausa,
  • Batimento,
  • Parada no coração,
  • Coração se enchendo,
  • Coração parando,
  • Batimento mais forte,
  • Batimento diferente,
  • Batimento fraco,
  • dentre outros

O Carlos descreveu sua palpitação como “Algo dentro do peito!” e você? Como percebe a sua Palpitação? Não esqueça de deixar seu comentário abaixo.

A Palpitação é normal? É uma palpitação perigosa?

De fato, não é normal. Nunca é normal sentir palpitações!

Mesmo que o paciente não aprecie essa sensação, as palpitações são um sinal de que algo está errado com o coração e é crucial informar o médico! Do ponto de vista médico, a palpitação é a primeira pista que pode levar ao diagnóstico de arritmia cardíaca.

Será que a palpitação é, de fato, a manifestação clínica de uma arritmia cardíaca?

O quê é Arritmia cardíaca?

As arritmias cardíacas representam disfunções elétricas que resultam em alterações no ritmo cardíaco. É como se o coração perdesse seu compasso regular, tornando-se arrítmico e fora do ritmo normal. Em essência, a arritmia é uma condição que impacta diretamente o ritmo dos batimentos cardíacos. (Soc. Brasileira Cardiologia)

O coração, fundamental para a manutenção do nosso corpo, opera com uma precisão rítmica e uma frequência específica. Em repouso, seus batimentos seguem um padrão, mas ao nos movimentarmos, o coração acelera para garantir a distribuição adequada de oxigênio e sangue aos órgãos.

A arritmia cardíaca surge quando há uma irregularidade no ritmo dos batimentos cardíacos. Essa condição pode se manifestar enquanto estamos em repouso, causando uma aceleração inexplicável do coração e pulsação irregular. Pode também ocorrer a sensação de falha entre as batidas, uma discrepância em relação ao padrão normal.

Essa falta de ritmo nos batimentos cardíacos pode ser um sintoma de problemas físicos ou psicológicos no organismo, indicando um desequilíbrio no funcionamento do coração. As arritmias podem ser categorizadas em taquicardias, quando o ritmo está acelerado, e bradicardias, quando a cadência é lenta demais. Ambas podem evoluir para complicações graves, inclusive o colapso cardíaco.

É crucial buscar orientação médica diante de sintomas de arritmia, pois essa condição compromete a eficiência do bombeamento de sangue pelo corpo, podendo, em casos extremos, resultar em morte súbita. A fibrilação atrial, uma forma comum de arritmia, destaca-se pela falha na condução dos estímulos elétricos responsáveis pelos batimentos cardíacos.

Neste contexto, compreender a arritmia cardíaca é fundamental para a detecção precoce e o manejo adequado dessa condição que, quando negligenciada, pode ter sérias consequências para a saúde cardiovascular. (AHA Guidelines)

Arritmia Cardíaca é um Grupo de Doenças

As arritmias cardíacas compõem um grupo de doenças cardíacas que impactam diretamente o ritmo cardíaco. A natureza específica de cada arritmia pode desencadear complicações cardíacas e, em casos extremos, levar à morte súbita.

Dada a sua significativa importância e o potencial risco de morte súbita, as arritmias cardíacas demandam uma atenção especial tanto por parte dos médicos quanto dos pacientes.

Segundo a Associação Americana de Cardiologia:

O termo “arritmia” refere-se a qualquer alteração da sequência normal de impulsos eléctricos.

Os impulsos elétricos podem acontecer muito rápido, muito devagar ou de forma irregular – fazendo com o coração bata muito rápido, muito devagar ou de forma irregular.

Em casos graves, quando o coração não bate corretamente, e quando ele não consegue bombear o sangue de forma eficaz. Nesta situação, o coração não bombeia sangue de forma eficaz, os pulmões, cérebro e os outros órgãos não conseguem funcionar corretamente podendo levar a falência múltipla dos órgãos. ((AHA))

Nota técnica: As arritmias são provocadas por

  • distúrbios na formação do impulso elétrico que, em vez de formar-se no nó sinusal, tem origem em outras estruturas do coração, e por
  • distúrbios na condução do impulso elétrico através das câmaras cardíacas e dos feixes de condução elétrica do estímulo cardíaco.

Quais as Causas da Arritmia cardíaca?

A arritmia cardíaca pode ser influenciada por diversos fatores, muitos dos quais relacionados ao estilo de vida e ao estado de saúde geral. Destacam-se as seguintes causas:

1. Estresse e Ansiedade: O estado emocional, marcado por estresse e ansiedade, pode desencadear arritmias cardíacas.

2. Distúrbios da Tireoide: Desequilíbrios na produção de hormônios pela tireoide, seja em excesso ou deficiência, estão associados ao surgimento de arritmias.

3. Distúrbios de Eletrólitos: Alterações nos níveis de potássio no sangue podem contribuir para a irregularidade dos batimentos cardíacos.

4. Uso de Medicamentos e Suplementos: Alguns medicamentos e suplementos, especialmente energéticos, têm potencial para desencadear arritmias.

5. Doenças Cardíacas: Diversas condições cardíacas podem provocar arritmias, incluindo miocardiopatias, isquemia do coração e cardiopatias congênitas.

Entre as doenças cardíacas específicas, destacam-se:

Miocardiopatias: Afetam o funcionamento do músculo cardíaco.
Doenças Isquêmicas do Coração: Associadas à diminuição ou obstrução do fluxo sanguíneo, frequentemente causadas por placas de gordura nas artérias.
Cardiopatias Congênitas: Anomalias estruturais do coração, como a transposição das grandes artérias.

Outras causas de arritmia cardíaca incluem:

– Anemia
– Aterosclerose
– Valvulopatias
– Doença de Chagas
– Consumo Excessivo de Álcool
– Fatores Genéticos
– Idade
– Defeitos Congênitos
– Problemas na Tireoide (hipertireoidismo e hipotireoidismo)
– Alguns Medicamentos (principalmente para infecções respiratórias e alergias)
– Tensão Emocional
– Infarto ou Insuficiência Cardíaca
– Tabagismo
– Consumo de Bebidas Energéticas
– Obesidade
– Apneia do Sono
– Hipertensão
– Embolia Pulmonar
– Asma
– Pneumonia
– Envenenamento por Monóxido de Carbono
– Diabetes

A compreensão abrangente dessas causas é crucial para o diagnóstico, tratamento e prevenção das arritmias cardíacas. Em caso de sintomas ou preocupações, a consulta médica é essencial para uma avaliação personalizada.

Sempre que tem Arritmia Cardíaca tem Palpitação?

Compreendendo a Complexidade entre Arritmias cardíacas e Palpitações

É fundamental reconhecer que a presença de uma arritmia cardíaca nem sempre se manifesta através de palpitações, e vice-versa. Em alguns casos, pacientes podem experimentar arritmias sem relatar qualquer sintoma perceptível em seu coração, incluindo palpitações.

Por outro lado, há situações em que os pacientes podem erroneamente associar frequentes palpitações a arritmias cardíacas, apesar de não haver detecção dessas arritmias no Holter 24 horas, mesmo quando as palpitações são reportadas no dia do exame.

É crucial reforçar alguns conceitos fundamentais:

1. ARRITMIA não é PALPITAÇÃO:
– Arritmia refere-se às alterações no ritmo cardíaco, muitas vezes não percebidas pelo paciente.
– Palpitação é a sensação subjetiva do paciente de que o ritmo do coração está alterado.

2. Não Sempre uma Arritmia Cardíaca está Acompanhada de Palpitação:
– Pacientes podem ter arritmias sem sentir palpitações, tornando a detecção desafiadora.

3. Não Sempre uma Palpitação está Acompanhada de Arritmia Cardíaca:
– O paciente pode perceber palpitações, mas o Holter ou outros métodos de monitoramento podem não detectar arritmias cardíacas.

Essa complexidade destaca a importância da avaliação médica abrangente e do uso de ferramentas como o Holter para monitorar o ritmo cardíaco. A compreensão dessas nuances é essencial para um diagnóstico preciso e para proporcionar aos pacientes a tranquilidade necessária em relação à saúde do coração.

Quais os Sintomas da Arritmia cardíaca?

Os sintomas mais comuns incluem palpitações, desmaios e tonturas. Em outros casos, podem manifestar-se com confusão mental, fraqueza, pressão baixa e dor no peito. No entanto, muitas vezes, as arritmias cardíacas podem ser assintomáticas, representando uma condição silenciosa e, portanto, perigosa. Em situações graves, a arritmia pode evoluir para uma parada cardíaca, resultando em morte súbita.

Portanto, os sintomas das arritmias cardíacas podem variar desde a ausência de sintomas, passando por palpitações, até manifestações graves de desmaios/tonturas e morte súbita.

É essencial ressaltar que a progressão não segue uma sequência linear. Ou seja, não significa que se alguém experimenta palpitações, está automaticamente próximo da morte súbita. Da mesma forma, a ausência de sintomas agora não implica que eles surgirão no futuro, levando a complicações graves. Não é assim que a condição se desenvolve.

Esse esclarecimento visa proporcionar tranquilidade aos leitores, afastando preocupações infundadas sobre uma possível evolução grave da condição com base nos sintomas atuais. A avaliação médica adequada é crucial para entender e gerenciar as arritmias cardíacas de forma eficaz.

As arritmias cardíacas frequentemente se manifestam pela percepção de batimentos cardíacos irregulares, embora essa sensação possa variar entre as pessoas. Além disso, sintomas como tontura, dificuldade respiratória e até desmaios podem estar presentes.

A identificação de alterações nos batimentos cardíacos, também conhecida como palpitações, é comum em algumas pessoas, mas a intensidade dessa percepção varia amplamente. Algumas conseguem sentir seus batimentos normais, sendo que muitas notam essa sensação ao deitar-se sobre o lado esquerdo do corpo.

É importante ressaltar que a gravidade de uma arritmia não está sempre diretamente relacionada à intensidade dos sintomas. Arritmias com risco de vida podem ser assintomáticas, enquanto algumas arritmias menos graves podem provocar sintomas significativos. A natureza e gravidade da doença cardíaca subjacente frequentemente superam a importância específica da arritmia.

Quando as arritmias comprometem a eficácia do coração no bombeamento sanguíneo, sintomas como fraqueza, redução da capacidade física, falta de ar, tontura, desmaios (síncope) ou mesmo morte podem ocorrer. Os desmaios, por exemplo, indicam uma função cardíaca tão debilitada que não mantém a pressão arterial adequada. Arritmias também podem agravar sintomas relacionados a doenças cardíacas subjacentes, como dor torácica e falta de ar. Arritmias que causam sintomas exigem atenção imediata.

Os sintomas de arritmia cardíaca incluem, além da sensação de coração acelerado e pausas momentâneas nos batimentos:

  • Palpitações
  • Desmaios
  • Tontura
  • Falta de ar
  • Fraqueza
  • Pressão baixa
  • Confusão mental
  • Mal-estar geral
  • Cansaço fácil
  • Sensação de nó na garganta
  • Sensação constante de cansaço
  • Sensação de aperto no peito

Esses sinais podem variar de pessoa para pessoa, e qualquer manifestação sintomática requer avaliação médica imediata.

Carlos teve nova palpitação e ficou pior!

Uma semana depois daquela primeira manifestação de Palpitação, o paciente Carlos voltou a sentir os mesmos sintomas, só que desta vez, com uma intensidade MUITO MAIOR. Ele conta…

Dessa vez, perdi o ar!

Senti que iria morrer e ter um infarto ou algo parecido!

Dessa vez, ocorreu em um sábado, eu estava tranquilo, tentando relaxar em um churrasco com alguns amigos, sentindo-me bem à vontade quando… TUM-TÁ… TUM-TÁ… TUM-TÁ… TUM-TÁ… TUM-TÁ…

Tomei um copo de Coca-cola mas não resolveu… parecia que não iria melhorar…

TUM-TÁ… TUM-TÁ… TUM-TÁ… TUM-TÁ… TUM-TÁ…

Todos na festa já tinham percebido que Carlos não estava bem. Um dos colegas o levou ao pronto-socorro mais próximo para ser atendido. Enquanto aguardava para ser consultado, as palpitações foram diminuindo gradualmente… diminuindo… diminuindo…

As palpitações podem causar problemas psicológicos no paciente.

Quando o médico o chamou, ele já estava sem qualquer sintoma. O profissional de saúde o examinou, constatou que ele estava melhor e sugeriu que talvez o estresse fosse a causa, afirmando que “não havia nada de errado”. Segundo Carlos, teve a sensação de que o médico achava que ele estava tendo um “piti”.

Eu voltei para casa estressado e muito irritado, pois o médico achava que eu estava com frescura! (Carlos)

Enfim, do ponto de vista emocional, Carlos retornou do pronto-socorro em um estado ainda pior.

O quê Carlos está sentindo? seria Arritmia Cardíaca?

Você talvez esteja se perguntando: “O que Carlos está realmente sentindo?”

Será que ele está de fato experimentando uma Arritmia Cardíaca?

  • Poderia ser um episódio de “piti” e ansiedade?
  • A situação é grave?
  • Existe risco de morte súbita?

Essas são apenas algumas das questões complexas que surgem no diagnóstico e tratamento das arritmias cardíacas. O médico precisa realizar uma série de investigações para chegar a um diagnóstico preciso.

Neste artigo, ofereceremos uma visão abrangente sobre vários aspectos envolvidos na investigação das arritmias cardíacas.

Pergunte ao Cardiologista: Veja a dúvida da Leitora do blog:

Tenho 19 e venho há mais de um mês tendo palpitações quase todos os dias, por muitas vezes fiquei sem dormir por causa das palpitações, fico desesperada. Fui ao um clínico geral e ele disse que meus sintomas era apenas depressão, mais mesmo com o medicamento anti-depressivo ainda tenho medo de ter arritmia e morrer por causa disso. O que eu faço?

Resposta do Dr. Leonardo Alves – Cardiologista:

A idade de um paciente não é o único fator determinante dos sintomas cardíacos, e é fundamental que todos os sintomas sejam avaliados de maneira abrangente e individualizada.

Embora a ansiedade possa ser uma causa de sintomas cardíacos, arritmias cardíacas podem ocorrer em pessoas de todas as idades, incluindo jovens, e nem sempre estão relacionadas a fatores emocionais. Arritmias podem ser resultado de diversas condições, incluindo distúrbios elétricos no coração, problemas estruturais, entre outros.

Portanto, é essencial que os profissionais de saúde realizem uma avaliação completa, considerando tanto a história clínica quanto os exames médicos apropriados. Se um paciente, independentemente da idade, apresenta sintomas cardíacos, é crucial buscar avaliação médica para determinar a causa subjacente e receber o tratamento adequado.

A abordagem correta e o diagnóstico preciso garantem um cuidado eficaz e apropriado para cada paciente, independentemente da idade.

Nos seu caso, é importante saber se o seu sintoma de palpitação está relacionado a uma arritmia preocupante. Visite o cardiologista e peça a opinião dele: possivelmente, ele solicitará um ecocardiograma transtorácico e um holter de 24 horas.

Pergunte ao Cardiologista: Veja a dúvida da Leitora do blog:

Tem idade pra dar essas palpitações? eu tenho 24 anos e me dá uma dorzinha e uma aflição, só não sei dizer se é palpitações ou se está batendo mais devagar é confuso. Tenho isso direto e todos os dias e passou a acontecer depois que tive a minha bebê.

Resposta do Dr. Leonardo Alves – Cardiologista:

O estresse provocado por insônia após nascimento de uma criança pode provocar irregularidades no ritmo do coração e gerar palpitações nos pacientes.

É importante avaliar com Holter para saber se a sua palpitação está provocando arritmias. Geralmente, uma regularização do sono e da ansiedade resolvem e as palpitações desaparecem.

Por quê o médico do Pronto Socorro não viu nada?

Quando o paciente retorna do pronto-socorro irritado com o médico que “não viu nada”, é compreensível que ele fique nervoso. Contudo, é importante tranquilizá-lo, pois este é um cenário comum.

Reconhecer e detectar uma arritmia cardíaca demanda a montagem de um APARATO DE INVESTIGAÇÃO, o que pode ser um processo cansativo. Algumas arritmias cardíacas se manifestam quando o paciente está em casa e desaparecem na presença do médico; por quê?

Porque as arritmias cardíacas se comportam dessa forma! Nem todas estão presentes o tempo todo. Algumas são rápidas e passageiras, desaparecendo tão rapidamente quanto surgem.

Outras arritmias são mais estáveis e permanecem presentes o tempo todo, oferecendo ao médico a oportunidade de diagnosticá-las. Nessas situações, o profissional de saúde recorre a exames complementares, como descrito abaixo.

Como é feito o diagnóstico das Arritmias Cardíacas?

Conforme mencionado anteriormente, o diagnóstico da arritmia cardíaca é estabelecido por meio da anamnese (consulta médica) e dos exames discutidos no parágrafo anterior.

Geralmente, ao empregar uma ou mais dessas ferramentas diagnósticas, o médico é capaz de identificar a arritmia específica que o paciente possui. É de extrema importância que o médico informe e, se necessário, registre o nome da arritmia cardíaca diagnosticada.

Quais exames avaliam uma Arritmia cardíaca?

Essa é uma dúvida comum e a resposta está com o seu médico, mas no geral, os colegas cardiologistas lançam mão desses principais exames:

Eletrocardiograma:

O famoso ECG, ou eletrocardiograma, é uma ferramenta crucial que registra cerca de 15 batimentos cardíacos. Se o médico tiver sorte, conseguirá capturar a arritmia durante esses 15 batimentos.

Holter 24horas:

O Holter, sendo um ECG de 24 horas, oferece muito mais chances de “capturar a arritmia”. No entanto, mesmo com essa extensão de tempo de monitoramento, há casos em que pacientes apresentam sintomas, como palpitações, a cada dois ou três dias, e o Holter pode não registrar a arritmia.

Ecocardiograma:

O ecocardiograma, um exame de ultrassom do coração, não é projetado para detectar arritmias. Seu objetivo principal é avaliar se o coração está enfraquecido ou se há alguma outra doença cardíaca associada que possa agravar a arritmia.

Teste ergométrico:

O Teste Ergométrico consiste em um ECG realizado durante o esforço físico. Seu objetivo é determinar se a arritmia ocorre durante o esforço, se é desencadeada pelo exercício, entre outros aspectos relacionados ao comportamento do coração durante atividade física.

Looping / Holter de eventos:

Você descreveu corretamente. O Holter de longa duração é um procedimento prolongado, podendo o paciente usar o aparelho por semanas ou até um mês. Embora possa ser inconveniente e impactar significativamente o dia-a-dia dos pacientes, é uma excelente ferramenta para captar arritmias, fornecendo uma visão abrangente do ritmo cardíaco ao longo de um período estendido.

Estudo Eletrofisiológico:

O estudo eletrofisiológico é o exame que descreve, provavelmente o Eletrofisiologia Cardíaca, é considerado o padrão-ouro para o mapeamento de todos os estímulos elétricos do coração.

No entanto, devido ao seu custo elevado e ao caráter invasivo semelhante a um cateterismo, geralmente é reservado para a pesquisa de arritmias graves e potencialmente perigosas. Em casos de suspeita de arritmias benignas, outros métodos menos invasivos são preferidos.

Qual Tipo de Arritmia Cardíaca eu tenho?

Certamente, suspeitar do diagnóstico de arritmia cardíaca pode ser relativamente fácil para o médico, especialmente quando a palpitação é um sintoma distintivo.

É fundamental compreender que a arritmia cardíaca abrange um GRUPO DE DOENÇAS, constituindo-se em uma variedade extensa de condições distintas que afetam o ritmo cardíaco. Cada uma dessas condições demanda um tratamento específico. Abaixo, apresento uma lista de alguns tipos de arritmias cardíacas:

  • Fibrilação Atrial: Ritmo cardíaco irregular e rápido, afetando as câmaras superiores do coração.
  • Taquicardia Supraventricular (TSV): Aceleração anormal dos batimentos cardíacos originada acima dos ventrículos.
  • Bradicardia: Batimentos cardíacos lentos, podendo resultar em tonturas ou desmaios.
  • Taquicardia Ventricular: Ritmo cardíaco rápido originado nos ventrículos, representando uma condição séria.
  • Flutter Atrial: Padrão de batimento cardíaco anormal nas câmaras superiores do coração.
  • Síndrome do Nó Sinusal Doente: Disfunção no nó sinusal, afetando a produção do ritmo cardíaco.
  • Bloqueio Cardíaco: Interferência na condução dos impulsos elétricos entre as câmaras superiores e inferiores do coração.
  • Taquicardia Atrial Multifocal: Ritmo cardíaco acelerado com múltiplas origens nos átrios.

É essencial ressaltar que essa é apenas uma seleção limitada, e há muitas outras formas de arritmias cardíacas. Cada tipo requer uma avaliação minuciosa para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento apropriado.

As Extra-sístoles – a Principal Causa das Palpitações!

Certamente, as extra-sístoles são frequentemente associadas às palpitações e merecem destaque especial. As extra-sístoles referem-se a batimentos cardíacos adicionais que ocorrem fora do ritmo regular. Elas podem se originar nos átrios (extra-sístoles atriais) ou nos ventrículos (extra-sístoles ventriculares).

As Extra-sístoles – o Principal Causador das Palpitações.

É verdade, as extra-sístoles, sejam ventriculares ou supraventriculares, frequentemente são a causa principal dos sintomas de palpitação. Isso resulta em uma quantidade significativa de queixas por parte dos pacientes devido às palpitações.

Essas batidas cardíacas adicionais, embora geralmente benignas, podem ser desconfortáveis e causar ansiedade nos indivíduos que as experimentam.

O tratamento e a gestão dessas extra-sístoles dependem da frequência, gravidade e do impacto que têm na qualidade de vida do paciente.

Como Detectar uma Extra-sístoles!

Partindo da definição de que sístole é igual à contração do coração e diástole, o seu relaxamento, a EXTRAssístole nada mais é que um batimento EXTRA.

Façamos uma analogia:

Um metrô está programado para chegar à estação a cada 15 minutos:

  1. 11h – Regular.
  2. 11:15  – Regular.
  3. 11:30 – Regular.
  4. 11:45  – Regular.
  5. 12:00 – Regular.

5 metrôs chegaram à estação.

Só que em determinado dia, ocorreu uma alteração inesperada.

  1. 11h – Regular.
  2. 11:15 – Regular.
  3. 11:30 – Regular.
  4. 11:40 – IRRegular (a mais).
  5. 11:47 – Regular (mas atrasado) – Ocorreu uma pausa de 2 minutos.
  6. 12:00 – Regular.

6 metrôs chegaram à estação.

Notou alguma diferença?

  1. Houve uma metrô a mais (o metrô 4 não deveria ter ocorrido), uma passagem a mais.
  2. Houve um Atraso (uma pausa) – o metrô 5 atrasou 2 minutos.

Troque a palavra METRÔ por BATIMENTO CARDÍACO?

Se você trocar a palavra metro no exemplo acima, conseguirá definir exatamente o quê é EXTRA-SÍSTOLE.

  • Metrô Extra:                   Extra-Metrô.
  • Batimento Extra:           Extrassístole.

No caso de metrô, isso é ótimo – mais uma opção para os passageiros, mas no caso de batimentos cardíacos… Isso costuma ser diferente e incomodar muito os pacientes.

Quais os sintomas das Extra-sístoles?

Voltando ao exemplo do METRÔ – o gerente da estação PERCEBEU que um METRÔ a mais passou pela estação – repito ele PERCEBEU um METRÔ-EXTRA!

No caso dos pacientes, eles percebem um BATIMENTO a mais (extra) – uma EXTRA-SÍSTOLE – repito: o paciente PERCEBEU.

Palpitações: é a PERCEPÇÃO de uma Extra-sístole.

A palavra chave é: PERCEPÇÃO!

A palpitação é a percepção que o paciente tem da ocorrência de uma EXTRA-SÍSTOLE – dessa forma, é o SINTOMA da ocorrência de uma Extra-Sístole. Quando estas extra-sístoles ocorrem, o paciente costuma queixar-se de palpitações, pausas, pontadas, paradas no coração, dentre outros sintomas.

Extra-sístoles Sem Palpitações são mais graves?

A presença de extra-sístoles no Holter, mesmo que o paciente não sinta nada, não necessariamente as torna mais graves ou preditivas de morte súbita. Muitas extra-sístoles são benignas e não representam uma ameaça séria à saúde.

O significado clínico das extra-sístoles depende de vários fatores, incluindo a frequência, a origem (átrios ou ventrículos), a presença de condições cardíacas subjacentes e a resposta do paciente a esses eventos. Extra-sístoles isoladas, especialmente se forem raras e não associadas a outras complicações cardíacas, geralmente são consideradas benignas.

Entretanto, em casos de extra-sístoles frequentes, especialmente as ventriculares, ou em indivíduos com condições cardíacas subjacentes, pode ser necessária uma avaliação mais aprofundada para determinar o risco potencial. O acompanhamento médico e a discussão detalhada sobre os achados do Holter são essenciais para entender melhor o contexto clínico e tomar decisões informadas sobre o tratamento.

Quais os tipos de Extra-sístoles?

O seu médico deve ter lhe falado sobre as:

As extra-sístoles são classificadas de acordo com a sua origem no coração. Elas podem surgir nos átrios (extra-sístoles atriais), nos ventrículos (extra-sístoles ventriculares) ou acima dos ventrículos (extra-sístoles supraventriculares). Aqui estão os principais tipos:

  • Extra-sístoles Atriais (ESA): Originam-se nos átrios, as câmaras superiores do coração.
  • Extra-sístoles Ventriculares (ESV): Originam-se nos ventrículos, as câmaras inferiores do coração.
  • Extra-sístoles Supraventriculares (ESSV): Termo abrangente que inclui extra-sístoles atriais e outras arritmias originadas acima dos ventrículos.

Cada tipo de extra-sístole pode ter características distintas, mas em geral, elas se manifestam como batimentos cardíacos adicionais fora do ritmo regular. A gravidade e o tratamento necessário dependem da frequência, da origem e de outros fatores associados ao quadro clínico do paciente.

As extrassístoles ainda podem ser:

  • Extra-sístoles bigeminadas – em bigeminismo.
  • Extra-sístoles trigeminadas – em Trigeminismo.
  • Extra-sístoles monomórficas.
  • Extra-sístoles polimórficas: atenção para este tipo de extrassístole
  • Extra-sístoles isoladas ou em em pares.

Quais os Tipos de Arritmias cardíacas?

A origem das arritmias cardíacas pode variar, sendo a cardiopatia a causa mais comum. Doenças como a doença arterial coronariana, valvulopatias e insuficiência cardíaca frequentemente desencadeiam arritmias.

Além disso, o uso de diversos medicamentos, tanto com quanto sem prescrição médica, incluindo aqueles utilizados no tratamento de cardiopatias, pode provocar arritmias. Anomalias congênitas, presentes desde o nascimento, também podem ser responsáveis por algumas arritmias, enquanto as alterações relacionadas à idade no sistema de condução elétrica do coração aumentam o risco de certos tipos de arritmias.

Em alguns casos, identificar a causa específica da arritmia pode ser desafiador.

Arritmias cardíacas de Padrão Rápido:

As taquiarritmias, caracterizadas por um ritmo cardíaco rápido, podem surgir espontaneamente ou ser desencadeadas por fatores como exercícios, estresse emocional, consumo excessivo de álcool, tabagismo ou o uso de medicamentos estimulantes, incluindo aqueles destinados ao tratamento de infecções respiratórias simples e antialérgicos.

O hipertireoidismo, uma condição caracterizada pela superprodução de hormônios tireoidianos, também pode ser uma causa de arritmias rápidas.

Arritmias cardíacas de Padrão Lento:

As bradiarritmias, associadas a um ritmo cardíaco mais lento, podem ser desencadeadas por sensações como dor, fome, fadiga, distúrbios digestivos (como diarreia e vômitos) ou até mesmo pela deglutição, que pode estimular excessivamente o nervo vago. Em situações menos comuns, um estímulo considerável do nervo vago pode levar a uma pausa temporária no ritmo cardíaco. Nestas circunstâncias, a arritmia tende a se resolver espontaneamente.

O hipotireoidismo, caracterizado pela produção inadequada de hormônios tireoidianos, também pode estar associado a arritmias de padrão lento.

Arritmias cardíacas de Ritmo Irregular: frequência cardíaca normal

A Arritmia Cardíaca também se manifesta quando o coração altera a forma como bate, resultando em batimentos irregulares e desordenados.

Quem está mais sujeito a ter Arritmia Cardíaca?

Embora qualquer pessoa, independentemente da faixa etária e sexo, possa experimentar uma arritmia cardíaca, a prevalência é maior em certos grupos de pessoas, especialmente aquelas com fatores de risco.

Qual a relação entre o Álcool e a Arritmia cardíaca?

O consumo de álcool pode ter diferentes efeitos sobre o sistema cardiovascular, e em alguns casos, pode estar associado ao desenvolvimento de arritmias cardíacas.

No entanto, é importante notar que o impacto do álcool pode variar de pessoa para pessoa, dependendo de vários fatores, incluindo a quantidade de álcool consumida, a frequência do consumo, a saúde geral do indivíduo e outros fatores de estilo de vida.

Os pacientes costumam fazer algumas perguntas a respeito da relação entre arritmia cardíaca e o uso de álcool:

  • Tenho Posso beber minha cerveja?
  • Gosto de Vodka, posso bebê-la mesmo usando as medicações para arritmia cardíaca?
  • Qual a quantidade de álcool é segura para quem tem arritmia cardíaca?

Pergunte ao Cardiologista: Veja a dúvida da Leitora do blog:

Olá, Tenho uma leve arritmia e de acordo com meu médico preciso tomar o remédio chamado Vasti para controlar. O médico me disse para não tomar muito café e álcool.
A minha preocupação é que quando tomo uma lata de cerveja meu coração acelera muito e eu acabo tomando meu remédio para tentar melhorar.
O senhor acha que não devo mais tomar bebidas alcoólicas? Meu coração acelera muito e penso que vou ter um treco. Tenho 27 anos. Obrigada.

Resposta do Dr. Leonardo Alves – Cardiologista:

Veja como cada paciente e cada pessoa tem a sua individualidade e resposta ao estímulo do álcool. Seu médico orientou para não tomar muita bebida alcoólica; você diz que toma uma lata de cerveja e o seu coração acelera a ponto de você sentir palpitações.

  1. (1) Uma possibilidade é que você esteja ansiosa com os sintomas prévios da arritmia e passa a fazer uma associação negativa com o álcool e com a lata de cerveja que você ingere.
  2. (2) pode ser uma desidratação e taquicardia normal causada pelo álcool, somente uma taquicardia sinusal que é benigna e não lhe faz mal; e
  3. (3) pode realmente se a manifestação da sua arritmia cardíaca (que eu acho menos provável).

O Holter de 24 horas é um dispositivo valioso para monitorar o ritmo cardíaco ao longo do tempo, permitindo que o médico avalie como o coração responde a diferentes situações, incluindo o consumo de álcool.

Se você experimenta um aumento significativo na frequência cardíaca ou outros sintomas após consumir bebidas alcoólicas, essa informação será crucial para o diagnóstico e para determinar a abordagem mais apropriada. Se necessário, o médico pode ajustar o plano de tratamento, fornecer orientações específicas sobre o consumo de álcool e considerar opções para gerenciar sua arritmia de maneira mais eficaz.

Lembre-se, a comunicação aberta com o médico é fundamental para garantir que você receba a melhor orientação e cuidado para sua saúde cardíaca. Se houver alguma dúvida ou preocupação adicional, não hesite em discutir isso com seu médico durante as consultas de acompanhamento.

Café e Arritmia Cardíaca – uma Verdade surpreendente!

A relação entre o café e arritmias cardíacas é um tópico complexo e pode variar de pessoa para pessoa. O café contém cafeína, um estimulante do sistema nervoso central, que pode afetar o ritmo cardíaco em algumas pessoas. No entanto, a resposta individual à cafeína é altamente variável.

Aqui estão alguns pontos a considerar:

  • Sensibilidade Individual: Algumas pessoas são mais sensíveis à cafeína do que outras. Para algumas, mesmo pequenas quantidades de cafeína podem desencadear palpitações ou aumentar a frequência cardíaca.
  • Quantidade de Café Consumida: A quantidade de café consumida também é um fator importante. Grandes quantidades de cafeína, como as encontradas em bebidas energéticas ou cafeinadas, podem ter um impacto mais pronunciado no ritmo cardíaco.
  • Outros Componentes do Café: Além da cafeína, o café contém outros compostos que podem influenciar a resposta cardiovascular. Alguns estudos sugerem que os antioxidantes presentes no café podem ter efeitos benéficos para o coração.
  • Condições de Saúde Pessoal: Indivíduos com condições cardíacas preexistentes ou outros problemas de saúde podem ser mais suscetíveis a alterações no ritmo cardíaco relacionadas ao consumo de cafeína.
  • Individualidade Bioquímica: Cada pessoa possui uma bioquímica única, o que significa que as respostas a substâncias como a cafeína podem variar.

É importante ressaltar que, para muitas pessoas, o consumo moderado de café não está associado a problemas cardíacos. No entanto, se alguém experimentar palpitações ou tiver preocupações sobre o efeito do café em seu coração, é aconselhável discutir essas preocupações com um profissional de saúde.

A avaliação médica individualizada pode ajudar a determinar se o consumo de café é seguro para uma pessoa específica.

  • É verdade que alguns refrigerantes causam palpitações?

Tenho Arritmia Cardíaca: Posso jogar futebol?

A relação entre arritmia e atividade física pode variar dependendo do tipo específico de arritmia, da saúde cardíaca geral do indivíduo e de outros fatores individuais. Em muitos casos, a atividade física é considerada benéfica para a saúde cardiovascular e pode até ajudar a reduzir o risco de certos tipos de arritmias. No entanto, em alguns casos, especialmente se houver doenças cardíacas preexistentes, é importante abordar a prática de exercícios com cautela.

Aqui estão alguns pontos a considerar:

  • Avaliação Médica: Antes de iniciar ou retomar um programa de exercícios, é crucial passar por uma avaliação médica abrangente. O médico pode determinar o tipo e a gravidade da arritmia, bem como avaliar a condição cardíaca geral.
  • Tipo de Arritmia: O tipo específico de arritmia é um fator importante. Alguns tipos de arritmias podem ser agravados pelo exercício, enquanto outros podem não ser afetados ou até melhorar com a atividade física.
  • Níveis de Intensidade: A intensidade e a duração da atividade física desempenham um papel crucial. Em alguns casos, a moderação pode ser a chave, evitando exercícios extenuantes ou de alta intensidade.
  • Sintomas Durante o Exercício: Se ocorrerem sintomas como tonturas, falta de ar, dor no peito ou palpitações durante o exercício, é essencial interromper a atividade e procurar orientação médica.
  • Acompanhamento Médico Regular: Para aqueles com arritmias cardíacas, o acompanhamento médico regular é fundamental. O médico pode ajustar o plano de tratamento, fornecer orientações sobre a atividade física e monitorar a resposta do coração ao exercício.
  • Atividades Adequadas: Em muitos casos, atividades físicas moderadas, como caminhadas, natação ou ciclismo, podem ser mais seguras do que esportes de alta intensidade.

Cada caso é único, e as orientações específicas devem ser obtidas do médico. Para muitas pessoas com arritmias cardíacas controladas e supervisionadas, é possível continuar a participar de atividades físicas, adaptando o tipo e a intensidade dos exercícios de acordo com as recomendações médicas.

Principais fatores de risco para Arritmia Cardíaca:

As arritmias são mais comuns em pessoas que têm doenças ou condições que enfraquecem o coração, tais como: ((NIH))

  • Ataque cardíaco
  • A insuficiência cardíaca ou cardiomiopatia, o que enfraquece o coração e muda a forma como os sinais elétricos se mover através do coração
  • Tecido do coração que é muito grosso ou duro, ou que não se formou normalmente
  • Insuficiência/Vazamento ou estreitamento das válvulas cardíacas, que fazem o coração trabalhar de forma muito difícil e pode levar à insuficiência cardíaca
  • As cardiopatias congênitas (defeitos presente no nascimento) que afetem a estrutura ou função do coração

Tenho Arritmia, quais os meus Riscos?

Muitos pacientes são portadores de Arritmia Cardíaca e isso não significa que eles estão sob risco de Morte Súbita. Tudo dependerá do TIPO de Arritmia que ele tem. Há arritmias graves e perigosas, mas há outras que não lhes causam nenhum dano ou risco de vida.

Quando a Arritmia Cardíaca é perigosa?

O risco associado a uma arritmia cardíaca pode ser significativamente aumentado quando ela está acompanhada de problemas estruturais no coração. Algumas condições cardíacas subjacentes que podem tornar as arritmias mais perigosas incluem:

  • Cardiomegalia (Aumento do Coração): Um coração aumentado pode ser indicativo de sobrecarga de trabalho ou de uma condição subjacente que afeta a capacidade do coração de bombear sangue eficientemente.
  • Disfunção Ventricular (Coração Fraco): Quando os ventrículos do coração não estão funcionando adequadamente, a capacidade de bombeamento é comprometida. Isso pode levar a arritmias mais graves.
  • Valvulopatias (Doenças nas Válvulas do Coração): Problemas nas válvulas cardíacas podem afetar o fluxo sanguíneo e a pressão dentro do coração, podendo contribuir para o desenvolvimento de arritmias.
  • Doença Arterial Coronariana: A presença de placas nas artérias coronárias pode levar a um fornecimento inadequado de sangue ao músculo cardíaco, predispondo a arritmias.
  • Doença Cardíaca Congênita: Anomalias cardíacas presentes desde o nascimento podem aumentar o risco de arritmias.

Em geral, a gravidade de uma arritmia cardíaca muitas vezes está relacionada à presença de condições cardíacas subjacentes. A avaliação médica detalhada, incluindo exames como ecocardiograma, Eletrocardiograma (ECG), entre outros, é fundamental para entender completamente a condição e determinar as opções de tratamento apropriadas.

Há Arritmias perigosas por si só?

Certamente, existem arritmias cardíacas que podem ser perigosas independentemente da presença de alterações estruturais específicas no coração. Algumas dessas arritmias são consideradas potencialmente graves devido ao risco de complicações sérias. Aqui estão algumas delas:

  • Fibrilação Ventricular (FV): Uma arritmia grave que pode resultar em parada cardíaca. Os ventrículos do coração tremem descontroladamente, comprometendo a capacidade de bombear sangue.
  • Taquicardia Ventricular Sustentada (TVS): Uma rápida sequência de batimentos cardíacos nos ventrículos que pode levar a sérias complicações hemodinâmicas.
  • Flutter Atrial com Rápida Condução Ventricular: Um padrão de batimento cardíaco anormal nas câmaras superiores do coração, que pode resultar em uma rápida e descoordenada contração dos ventrículos.
  • Taquicardia Ventricular Polimórfica (TVP): Uma forma de taquicardia ventricular caracterizada por padrões irregulares e mudanças frequentes nos complexos QRS.
  • Fibrilação Atrial (FA): Uma arritmia comum e potencialmente grave, associada a um risco aumentado de coágulos sanguíneos e acidente vascular cerebral.
  • Taquicardia Supraventricular (TSV) com Rápida Condução: Uma aceleração anormal dos batimentos cardíacos que pode resultar em palpitações intensas e, em alguns casos, descompensação hemodinâmica.
  • Bradiarritmias importantes: aquelas que causam sintomas como síncope, desmaio e falta de ar.

Essas arritmias podem ocorrer em pessoas com ou sem problemas cardíacos estruturais preexistentes.

A avaliação médica detalhada, incluindo exames como Eletrocardiograma (ECG), Holter, entre outros, é essencial para diagnosticar e determinar a abordagem adequada para essas condições. O tratamento pode envolver medicamentos antiarrítmicos, procedimentos invasivos ou dispositivos implantáveis, dependendo do caso específico.

Quais as Arritmias Cardíacas que são benignas, menos perigosas?

É correto destacar que apenas um médico pode fornecer uma avaliação precisa sobre a gravidade de uma arritmia cardíaca em um contexto individual. No entanto, algumas arritmias são geralmente consideradas mais benignas, especialmente quando não estão associadas a outras condições clínicas ou doenças cardíacas subjacentes. Aqui estão algumas arritmias que são frequentemente consideradas menos graves:

  • Extra-sístoles Atriais ou Ventriculares: Batimentos cardíacos adicionais que ocorrem fora do ritmo regular. Muitas vezes, extra-sístoles isoladas são benignas.
  • Bradicardia Sinusal: Um ritmo cardíaco mais lento do que o normal, mas que ainda é regular. Em muitos casos, a bradicardia sinusal não é um problema sério, especialmente em pessoas saudáveis.
  • Taquicardia Sinusal: Um ritmo cardíaco mais rápido do que o normal, geralmente em resposta a atividades físicas, estresse ou estimulantes. Pode ser benigna em muitas situações.
  • Taquicardia Atrial Nodal Reentrante (TANR): Uma forma comum de taquicardia supraventricular que geralmente não é considerada grave.
  • Taquicardia Atrial Paroxística (TAP): Episódios intermitentes de taquicardia atrial que podem ser bem tolerados, especialmente se não estiverem associados a outras complicações.

É fundamental destacar que o contexto clínico é crucial para determinar a gravidade de uma arritmia específica.

Se alguém estiver preocupado com sua saúde cardíaca ou experienciando sintomas, é aconselhável buscar avaliação médica para um diagnóstico preciso e orientações sobre o tratamento, se necessário.

Pergunte ao Cardiologista: Veja a dúvida da Leitora do blog:

Meu filho sente dor no peito sempre que se alimenta e ele tem arritmia desde pequeno isso é normal.

Resposta do Dr. Leonardo Alves – Cardiologista

A arritmia sinusal é comum em crianças e adolescentes e, na maioria dos casos, é considerada benigna. A arritmia sinusal ocorre quando o nó sinusal, que é o “marcapasso natural” do coração, gera impulsos elétricos de maneira irregular.

Apesar de ser geralmente benigna, é crucial que os sintomas e a condição sejam avaliados por um cardiologista. Cada caso é único, e a avaliação médica, incluindo um eletrocardiograma e outros exames que o cardiologista julgar necessários, ajuda a determinar a natureza específica da arritmia e se há necessidade de tratamento.

A orientação para pais e responsáveis é sempre buscar avaliação médica se houver preocupações em relação à saúde cardíaca de uma criança ou adolescente. Um diagnóstico preciso é fundamental para garantir que a abordagem e o acompanhamento sejam adequados para cada situação.

Qual o tratamento para as Arritmias cardíacas?

Essa pergunta é difícil e ampla, pois para cada Arritmia há um tratamento específico. Mas de modo geral, o médico irá usar uma das abordagens a seguir:

Para as Bradi-Arritmias (quando o coração está lento):

O médico irá retirar algum medicamento que possa estar tornando os batimentos do coração mais lento, ou ele irá colocar um aparelho (um marca-passo) para manter o passo do coração.

Para as Taqui-Arritmias (quando o coração está acelerado):

O médico irá utilizar medicamentos para bloquear e tornar lento os batimentos do coração, ou em casos mais raros e graves, utilizar aparelhos automáticos que interrompam as Taqui-Arritmias perigosas (como o Cardioversor Desfibrilador Implantável – o CDI)

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Posso morrer por causa de uma Arritmia Cardíaca?

Você está correto ao destacar que, dependendo do tipo de arritmia cardíaca, ela pode aumentar o risco de complicações, incluindo a possibilidade de morte súbita. No entanto, como você mencionou, há avanços significativos nos tratamentos para arritmias, visando reduzir o risco de eventos graves.

Aqui estão algumas das opções de tratamento que podem ser consideradas, dependendo do tipo e gravidade da arritmia:

  • Medicamentos Antiarrítmicos: Medicamentos podem ser prescritos para controlar o ritmo cardíaco e prevenir a ocorrência de arritmias.
  • Marca-Passo: Um dispositivo implantável que regula o ritmo cardíaco, emitindo impulsos elétricos para manter uma frequência cardíaca adequada.
  • Cardioversão Elétrica: Um procedimento no qual uma corrente elétrica controlada é usada para restaurar um ritmo cardíaco normal.
  • Ablação por Cateter: Um procedimento minimamente invasivo no qual áreas do coração responsáveis pela arritmia são destruídas ou isoladas.
  • Desfibrilador Cardioversor Implantável (CDI): Semelhante a um marca-passo, mas capaz de fornecer choques elétricos mais fortes em caso de arritmias potencialmente fatais.
  • Tratamento de Doenças Cardíacas Subjacentes: Se a arritmia estiver relacionada a condições cardíacas subjacentes, o tratamento dessas condições pode ser uma parte importante do manejo.

O objetivo dessas intervenções é controlar os sintomas, prevenir complicações e reduzir o risco de eventos graves, incluindo a morte súbita. A escolha do tratamento dependerá da avaliação médica individual e do tipo específico de arritmia.

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Veja a Lista de Arritmias Cardíacas:

[Fique à vontade para pular esta parte – é técnica]

Muitos pacientes chegam até o meu consultório e dizem que tem arritmia cardíaca. Daí, eu pergunto: Qual arritmia?

Enfim, eles dificilmente sabem responder, até mesmo por que é difícil responder, pois há uma série de nomes diferentes para as Arritmias cardíacas que até mesmo os médicos tem dificuldades de conhecer. Vou citar algumas e colocarei o link delas para artigos que serão escritos:

Arritmias Geradas nos Átrios:

Arritmias Geradas no Nó Sinusal:

  • Arritmiasinusal
  • Taquicardia Sinusal e Sinusal Paroxística: Quando a frequência cardíaca é de mais de 100 batimentos por minuto (BPM) em adultos é chamado de taquicardia. ((AHA))
  • Bradicardia Sinusal
  • Taquicardia Sinusal
  • Bloqueios Sinoatriais (de Primeiro, Segundo e Terceiro Graus)
  • Extra-sístoles sinusais.

Arritmias Geradas nos Ventrículos:

  • Ritmo ventricular;
  • Taquicardia ventricular monomórfica;
  • RIVA – Ritmo IdioVentricular Acelerado;
  • Taquicardia Ventricular Lenta;
  • Torsade de Pointes;
  • Taquicardia Ventricular Bidirecional
  • Flutter Ventricular;
  • Fibrilação Ventricular;

Arritmias Cardíacas Geradas no Nó Atrioventricular:

  • Ritmo Nodal;
  • TRAVN – Taquicardia Reentrante atrio-ventricular nodal;
  • Taquicardia juncional ectópica automática (JET);
  • Taquicardia não-paroxística nodal;
  • Bloqueio AV
  • Extra-sístoles juncionais;
  • Escape juncional;

Arritmias Cardíacas por Bloqueio AtrioVentricular (BAV):

Alterações no Eletrocardiograma:

Confira as principais alterações do eletrocardiograma.

Arritmia cardíaca – Extra-sístoles e Parassístoles:

Arritmia cardíaca – Ritmos de Escape:

Arritmia cardíaca – Dissociação Atrioventricular:

Síndrome de Wolff-Parkinson-White e outras Vias anômalas:

Arritmia cardíaca – Síndrome de Brugada:

Doença Rara, associada a Morte Súbita, que normalmente passa desapercebida. Não está associada a nenhuma outra doença cardíaca e que se manifesta com Síncope e, às vezes, com a própria morte súbita. É grave.

Arritmia cardíaca – Taquicardias Regulares

Vivendo com uma Arritmia Cardíaca!

Conviver com uma arritmia cardíaca pode envolver a adoção de mudanças no estilo de vida para gerenciar os sintomas e reduzir os fatores de risco associados. Aqui estão algumas sugestões de mudanças no estilo de vida que podem ser benéficas:

  • Alimentação Saudável: Mantenha uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras. Evite alimentos ricos em gorduras saturadas e trans. Reduza o consumo de sódio, pois o excesso de sal pode impactar a pressão arterial.
  • Controle do Peso: Mantenha um peso saudável, pois o excesso de peso pode contribuir para problemas cardíacos.
  • Exercícios Regularmente: Pratique atividades físicas regularmente, conforme orientação médica. O exercício pode fortalecer o coração e melhorar a saúde cardiovascular.
  • Evite Estímulos: Reduza o consumo de estimulantes como cafeína e tabaco, pois essas substâncias podem desencadear ou piorar arritmias em algumas pessoas.
  • Controle do Estresse: Encontre maneiras de gerenciar o estresse, seja por meio da prática de técnicas de relaxamento, meditação, yoga ou outras atividades que promovam o bem-estar emocional.
  • Limite o Álcool: Se você consome álcool, faça isso com moderação, pois o excesso pode afetar negativamente o coração.
  • Sono Adequado: Mantenha uma rotina regular de sono para garantir descanso adequado.
  • Medicação Conforme Prescrito: Se você foi prescrito com medicamentos antiarrítmicos ou outros medicamentos, tome-os conforme as orientações do seu médico.
  • Acompanhamento Médico Regular: Mantenha consultas regulares com seu cardiologista para monitorar a saúde do coração, ajustar o tratamento conforme necessário e garantir uma gestão eficaz da arritmia.

Lembre-se, cada caso é único, e as recomendações específicas podem variar com base no tipo de arritmia e nas condições individuais. Sempre consulte seu médico para orientações personalizadas.

Pergunte ao Cardiologista: dúvida de Leitores do blog:

Olá Doutor. Ótimo trabalho de esclarecimento. Tenho umas batidas irregulares no coração desde o fim da adolescência. Fui ao cardiologista ver isso na faixa dos 30 e ele disse pra eu relaxar que passava. Agora tenho 45 e sinto constantemente. Estou dormindo pouco ultimamente devido ao horário de verão e observo que o pouco sono me causa isso. Passei a tomar novamente um remédio pra circulação chamado Diosmin que incrivelmente para as arritmias. Tem haver com a circulação?

Resposta do Dr Leonardo Alves Cardiologista:

“Estou dormindo pouco ultimamente devido ao horário de verão e observo que o pouco sono me causa isso.”  Realmente, o sono inadequado é uma grande fator de risco para arritmias e palpitações. Controle o seu sono e procure ajuda para melhorá-lo. O diosmin não tem relação com arritmias ou palpitações.

Respostas às dúvidas dos leitores:

Agora, veja algumas perguntas e respostas sobre arritmia cardíaca. Deixe a sua pergunta ao final do artigo.

Pergunte ao Cardiologista: dúvida de Leitores do blog:

Boa Tarde, Dr. Meu pai sente o coração fraquinho como se fosse parar e sente como se fosse morrer, mas isso só acontece ao dormir. Ele tem arritmia, porém os médicos não passam remédios só exames e mais exames. Qual seria o melhor exame a se fazer para avaliar e se o marca passo seria uma solução para a situação dele: boa ou sofrida?

Resposta do Dr Leonardo Alves Cardiologista:

É muito importante diferenciar a percepção de ter um “coração fraco” da presença real de insuficiência cardíaca. Os pacientes muitas vezes interpretam coração lento como se fosse Insuficiência cardíaca. Exames como ecocardiograma e Holter de 24 horas são recomendados para avaliação e monitoramento ao longo do tempo, permitindo diagnóstico preciso e tratamento eficaz. Leve seu pai no cardiologista.

Pergunte ao Cardiologista: Veja a dúvida da Leitora do blog:

Boa tarde. Ao 22 anos tive uma taquicardia, alguns meses depois fiz uma intervenção para “queimar” o nervo que causou a taquicardia. A partir daí apenas passei a ter algumas palpitações. No entanto agora aos 27 anos tenho sentido palpitações com mais frequência parece que por alguns segundos o coração para e volta a bater, sinto picadas no peito no lado esquerdo e tenho sentido muitas tonturas e alguma falta de ar. O meu medico receitou um remédio que baixa a minha frequência cardíaca porque ela tem estado alta. Mas continuo com picadas no peito, cabeça tonta e falta de ar? É normal? Gostaria de saber a sua opinião obrigada.

Resposta do Dr Leonardo Alves Cardiologista:

Vamos respondendo em partes: “fiz uma intervenção para “queimar” o nervo”: provavelmente você está falando de uma ablação por radiofrequência que é uma as formas de se tratar alguns tipos de arritmia. Nestes casos, ou você estava sentindo palpitações são bastante intensas  ou o médico fez o tratamento para prevenir a ocorrência dessas palpitações.

“A partir daí apenas passei a ter algumas palpitações”: não é possível que o tratamento que você fez tivesse provocado palpitações. É bem possível que a sua ansiedade tenha aumentado e você esteja sentindo palpitações provocadas por outro tipo de arritmia ou taquicardia sinusal.

“Mas continuo com picadas no peito, cabeça tonta e falta de ar?” Normal, não é. Todo sintoma recorrente no coração deve ser avaliado. Seu médico já deve ter realizado alguns exames, até por que ele lhe prescreveu uma medicação para coração acelerado.

Penso que você deve voltar nele para uma avaliação mais detalhada com Holter de 24horas.

Pergunte ao Cardiologista: Dúvidas dos leitores.

Doutor, tenho 17 anos, e às vezes sinto uma diferença no ritmo dos batimentos após um exercício de alta intensidade ( um jogo de basquete ) acompanhado por uma leve falta de ar por alguns segundos. Minha reação é parar, sentar e tentar respirar mais devagar. Me disseram que isso seria devido a um medicamento que estava usando contra uma crise de sinusite (rinossoro). E realmente após o abandono do uso do mesmo passei meses sem sentir nada e continuando com a prática dos treinos de basquete. Porém a alguns dias, senti de novo mesmo tendo abandonado o medicamento. Queria saber se devo me preocupar, se é algo sério. OBS: Nunca senti sem ser decorrência de muito esforço físico. PRECISO DA SUA AJUDA, E JÁ AGRADEÇO !!

Resposta do Dr Leonardo Alves Cardiologista:

“Me disseram que isso seria devido a um medicamento que estava usando contra uma crise de sinusite (rinossoro).” Realmente, descongestionantes nasais costumam ter epinefrina em sua composição e esta medicação acelera o coração.

“Porém a alguns dias, senti de novo mesmo tendo abandonado o medicamento.”   Observe se você está se excedendo no uso da cafeína (ou algum estimulante), se está com o sono inadequado, se tem estado ansioso. De todo modo, procure um cardiologista e conte essa sua queixa para ele.

E então? Qual a sua dúvida sobre Arritmia cardíaca?

Certamente, ficarei feliz em participar e complementar o artigo com base nas dúvidas dos leitores. Minha pergunta é a seguinte:

Quais são os principais sinais e sintomas de uma arritmia cardíaca, e como os indivíduos podem reconhecê-los para buscar a avaliação médica adequada?