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BAV 1o grau e Exercício Físico: Posso fazer? Qual cuidado devo tomar? Preciso de Marca-passo? Devo monitorar minha frequência cardíaca? Como proceder?

Sou Dr. Leonardo Alves, médico cardiologistaDeixe sua pergunta nos comentários, ou aqui!.

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A dúvida de hoje foi do Carlos Eduardo, confira?

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Qual é a queixa?

BAV 1o grau e Exercício Físico: Carlos Eduardo tem BAV (não informou o tipo) e tem dúvida se deve/não deve fazer atividade física.

Como não há especificação de qual tipo de bloqueio, vou partir do princípio que seja o BAV de 1o. grau, pois foi onde o Carlos Eduardo fez o comentário no artigo.

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BAV 1o grau – o que é? Bloqueio AV de 1o. grau.

BAV 1o grau e Exercício Físico: O bloqueio atrioventricular de primeiro grau é uma condição cardíaca em que há um retardo no tempo de condução elétrica entre os átrios e os ventrículos do coração. Isso significa que o sinal elétrico que estimula a contração dos ventrículos é retardado após passar pelos átrios. No bloqueio AV de primeiro grau, esse retardo é constante, mas todos os impulsos elétricos conseguem passar do átrio para o ventrículo.

Embora seja considerado um tipo de bloqueio relativamente benigno, pode ser um sinal de alerta para problemas cardíacos subjacentes, como doença arterial coronariana, doença cardíaca congênita ou miocardite. Geralmente, o bloqueio AV de primeiro grau não causa sintomas perceptíveis e não requer tratamento específico.

No entanto, em casos de sintomas ou condições subjacentes, pode ser necessário monitoramento médico e tratamento adequado.

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BAV 1o grau – O diagnóstico:

O diagnóstico do bloqueio atrioventricular de primeiro grau geralmente é feito por meio de um exame de eletrocardiograma (ECG). Durante o ECG, eletrodos são colocados na pele do paciente para registrar a atividade elétrica do coração. O ECG mostrará um intervalo prolongado entre o início do complexo QRS (que indica a contração dos ventrículos) e o início da onda P (que indica a contração dos átrios).

Além do ECG, outros exames de imagem do coração, como ecocardiograma, podem ser realizados para avaliar a estrutura e a função cardíaca, especialmente se houver suspeita de uma causa subjacente para o bloqueio AV de primeiro grau.

O diagnóstico final é feito pelo médico com base nos resultados desses exames e em uma avaliação completa da história clínica e dos sintomas do paciente.

BAV 1o grau – Qual a prevalência?

A prevalência do bloqueio atrioventricular de primeiro grau varia em diferentes populações e grupos etários. Geralmente, é considerado um achado comum em exames de ECG de rotina, especialmente em pessoas mais velhas.

Estudos indicam que a prevalência do bloqueio AV de primeiro grau pode ser de cerca de 1% a 5% na população em geral.

No entanto, a prevalência pode ser maior em certos grupos, como idosos, indivíduos com condições cardíacas subjacentes ou aqueles com fatores de risco cardiovasculares, como hipertensão arterial ou diabetes.

É importante ressaltar que o bloqueio AV de primeiro grau geralmente não causa sintomas perceptíveis e pode passar despercebido em muitos casos. Geralmente é identificado incidentalmente em exames de rotina ou durante a avaliação de outras condições cardíacas.

  • Atletas: 10% a 33% dos atletas.
  • População normal: apenas 0,65% (menos de 1% da população)

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Bloqueio AV de 1o. grau mata?

Não, o bloqueio atrioventricular de primeiro grau não é uma condição fatal por si só. É considerado um tipo relativamente benigno de bloqueio cardíaco. No bloqueio AV de primeiro grau, todos os impulsos elétricos conseguem passar do átrio para o ventrículo, embora possa haver um retardo na condução elétrica entre essas estruturas do coração.

Geralmente, o bloqueio AV de primeiro grau não causa sintomas perceptíveis e não requer tratamento específico. No entanto, em casos de sintomas ou condições subjacentes, pode ser necessário monitoramento médico e tratamento adequado. Em algumas situações, o bloqueio AV de primeiro grau pode ser um sinal de alerta para problemas cardíacos subjacentes, mas por si só, raramente leva a complicações graves ou morte.

BAV 1o grau e Exercício Físico: Quais os riscos?

Em geral, o bloqueio atrioventricular de primeiro grau tende a diminuir durante o esforço físico, o que é bastante comum em atletas, e geralmente não causa problemas.

Em geral, o bloqueio atrioventricular de primeiro grau tende a diminuir durante o esforço físico, o que é bastante comum em atletas, e geralmente não causa problemas.

Geralmente, o bloqueio atrioventricular de primeiro grau não impede a prática de exercícios físicos. Na maioria dos casos, é considerado um achado benigno e não causa limitações significativas nas atividades físicas. No entanto, se você tiver dúvidas ou preocupações específicas sobre a prática de exercícios devido ao seu diagnóstico de bloqueio AV de primeiro grau, é importante discutir com o seu médico.

Se você já pratica exercícios regularmente e foi diagnosticado com bloqueio AV de primeiro grau, provavelmente não precisará interromper suas atividades.

No entanto, é sempre aconselhável realizar uma avaliação médica completa antes de iniciar ou modificar um programa de exercícios, especialmente se você tiver outras condições médicas ou fatores de risco cardiovasculares.

Seu médico poderá fornecer orientações personalizadas com base em sua condição específica e ajudá-lo a determinar a melhor maneira de manter um estilo de vida ativo e saudável.

BAV 1o grau e Exercício Físico: Quando preocupar?

O bloqueio atrioventricular de primeiro grau é considerado grave quando ocorre em associação com sintomas significativos:

  • desmaios,
  • tonturas frequentes ou
  • sintomas de insuficiência cardíaca.

Além disso, se o bloqueio AV de primeiro grau estiver acompanhado por outras anormalidades no sistema de condução elétrica do coração, ou se houver evidência de disfunção cardíaca subjacente, ele pode ser considerado mais grave.

Em geral, no entanto, o bloqueio atrioventricular de primeiro grau é uma condição benigna que raramente causa complicações graves. A avaliação e o acompanhamento médico são essenciais para determinar a gravidade do bloqueio AV e garantir o tratamento adequado, especialmente se houver fatores de risco adicionais ou sintomas preocupantes associados.

  1. BAV de 1o. grau e QRS NORMAL: não há qualquer problema – não há necessidade de outros exames.
  2. COMPLICADO: BAV de 1o. grau e QRS ALTERADO (ALARGADO) – seu médico precisa avaliar:
  3. COMPLICADO: BAV de 1o. grau e PRI muito alargado,  maior que 0,30 segundos – seu médico precisa avaliar:

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Sou atleta e tenho BAV 1o grau complicado: o que fazer?

Bloqueio atrioventricular de primeiro grau complicado é uma forma mais grave e menos comum de bloqueio AV de primeiro grau. Nesta condição, além do retardo na condução elétrica entre os átrios e os ventrículos do coração, podem ocorrer outras complicações ou anormalidades no sistema de condução cardíaca.

Bloqueio atrioventricular de primeiro grau complicado é uma forma mais grave e menos comum de bloqueio AV de primeiro grau.

Isso pode incluir bloqueios adicionais nos sinais elétricos do coração, como bloqueio de segundo grau ou bloqueio completo (terceiro grau), que interferem significativamente na função cardíaca normal.

Essa forma complicada de bloqueio AV de primeiro grau geralmente requer intervenção médica mais intensiva, incluindo monitoramento cardíaco contínuo, avaliação cuidadosa da função cardíaca e possivelmente tratamento medicamentoso ou procedimentos invasivos para corrigir ou controlar as complicações associadas.

É importante procurar orientação médica especializada se houver suspeita ou diagnóstico de bloqueio AV de primeiro grau complicado, para garantir o manejo adequado e o monitoramento adequado da condição cardíaca.

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Devo usar um monitor cardíaco?

A necessidade de usar um monitor cardíaco para o bloqueio atrioventricular de primeiro grau depende do contexto clínico individual de cada pessoa. Em geral, o bloqueio AV de primeiro grau é considerado uma condição benigna e assintomática, e não requer monitoramento cardíaco contínuo na maioria dos casos.

No entanto, se você tiver outros problemas cardíacos ou estiver experimentando sintomas como tonturas, desmaios ou palpitações, o uso de um monitor cardíaco pode ser recomendado pelo seu médico para avaliar a atividade elétrica do coração e identificar qualquer irregularidade.

É importante discutir com o seu médico sobre a necessidade de usar um monitor cardíaco, levando em consideração seu histórico médico, sintomas e fatores de risco individuais. Seu médico poderá orientá-lo sobre as melhores opções de monitoramento cardíaco com base em sua situação específica.

Confira a série Top 10 – Dr. Leonardo:

A dúvida!

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Se seu médico lhe proibiu de fazer atividade física competitiva, confie nele!

Pergunte ao seu médico se você preenche algum dos critérios acima e confira com ele as outras opções.

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Alguma outra dúvida?

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Fontes (em inglês): MayoClinic, Cleveland Clinic, Heart.Org, NIH, Sociedade Brasileira de Cardiologia.

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(3) O Dr. Leonardo Alves é Médico Cardiologista em Teófilo Otoni (CRM.MG: 33.669) e atende na Clínica Cardiovasc – Agende aqui!