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O achado de um aneurisma do septo interatrial é raro em adultos, geralmente observado no ecocardiograma transtorácico. Esse diagnóstico pode gerar preocupações nos pacientes. Descubra as principais causas e opções de tratamento. Confira!

Sou Dr. Leonardo Alves, médico cardiologistaDeixe sua pergunta nos comentários, ou aqui!.

O que é um Aneurisma do Septo Interatrial?

Um aneurisma do septo interatrial é uma condição incomum em pacientes adultos. A formação do aneurisma do septo interatrial pode ocorrer devido a uma diferença de pressão entre os átrios direito e esquerdo, resultando em um abaulamento do septo em direção ao lado de baixa pressão.

No entanto, também pode ser causado por uma malformação congênita, como evidenciado em pacientes com pressões atriais normais, sugerindo uma anomalia primária congênita.

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Critérios de definição para o Aneurisma do Septo Interatrial

Para um ecocardiografista definir o ponto de corte para diagnosticar um aneurisma do septo interatrial pode parecer arbitrário. No entanto, alguns critérios são mais comuns:

  • Silver e Dorsey: Uma protrusão do aneurisma de mais de 10 mm em relação ao plano do septo atrial.
  • Outro critério estabelece que a protrusão do aneurisma deve ser de pelo menos 15 mm para ser considerada um aneurisma do septo atrial.

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Ecocardiografia transtorácica ou transesofágica? Qual o melhor?

A abordagem pelo ecocardiograma transesofágico proporciona imagens praticamente perfeitas do septo interatrial. O ecocardiografista pode detalhar o septo com maior riqueza de detalhes em comparação com o ecocardiograma transtorácico.

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O ecocardiograma transtorácico no Aneurisma do septo Interatrial:

O ecocardiograma transtorácico é uma técnica não invasiva amplamente utilizada para avaliar a estrutura e a função do coração. Nesse exame, um transdutor é colocado sobre o tórax do paciente, emitindo ondas sonoras de alta frequência que atravessam os tecidos e retornam como ecos, criando imagens detalhadas do coração em tempo real.

Essa técnica é simples, rápida e segura, não exigindo nenhum tipo de sedação ou inserção de sondas no corpo do paciente. Isso significa que o procedimento pode ser realizado no consultório médico ou em um ambiente hospitalar padrão, sem a necessidade de preparação especial.

Além disso, o ecocardiograma transtorácico permite uma avaliação abrangente das estruturas cardíacas, incluindo as câmaras cardíacas, as válvulas, o pericárdio e o septo interatrial. Ele fornece informações importantes sobre o tamanho e a função do coração, o fluxo sanguíneo, a presença de anormalidades estruturais, como o aneurisma do septo interatrial, e outras condições cardíacas.

Apesar de sua ampla utilização e benefícios, o ecocardiograma transtorácico possui algumas limitações. Por exemplo, a qualidade das imagens pode ser afetada pela obesidade, deformidades torácicas ou pela presença de ar nos pulmões.

Além disso, algumas estruturas cardíacas podem ser de difícil visualização devido à sua localização ou à interferência de outras estruturas.

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Aneurisma do septo Interatrial e Arritmias Cardíacas

Vários pesquisadores têm sugerido uma associação entre o aneurisma do septo interatrial e as taquiarritmias. ((Detection of ostium secundum atrial septal defects by transoesophageal cross-sectional echocardiography))

  • Um estudo observou taquiarritmias atriais em 20 dos 80 pacientes (25%).
  • Outro estudo mostrou uma prevalência de taquiarritmias atriais em 26 (52%) de 50 pacientes consecutivos com Aneurisma do septo Interatrial.
  • E em outro estudo, na maioria dos pacientes (65%), não tinham arritmias significativas. Vinte e oito dos 195 pacientes (14,4%) estavam em fibrilação atrial. Uma prevalência relativamente alta de taquiarritmias atrial (47 de 195 pacientes; 24%). ((Atrial Septal Aneurysm in Adult Patients))

Mais estudos são necessários para esclarecer se o Aneurisma do septo interatrial está relacionado com a patogênese dessas arritmias cardíacas.

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Doenças Cardíacas associadas com Aneurisma do Septo Interatrial (ASI)

O aneurisma do septo interatrial (ASI) pode estar associado a várias outras alterações cardíacas e não cardíacas. Algumas das principais são:

  • ASI e Defeito do Septo Interatrial – Tipo II: Estudos mostram associação em até 50% dos casos, chegando a 75% quando o ASI envolve a fossa ovalis.
  • ASI e Forma Oval Patente (FOP): Estudos com ecocardiograma transesofágico encontraram até 85% de ocorrência de FOP em pacientes com ASI.
  • Prolapso Valvar Mitral: Pode estar presente em cerca de 20,5% dos casos de ASI.
  • Prolapso da Valva Tricúspide: Observado em aproximadamente 7,5% dos casos de ASI.

Essas associações indicam a complexidade das condições cardíacas e ressaltam a importância da avaliação completa e individualizada de cada paciente com ASI.

Aneurisma do Septo Interatrial (ASI) e Risco de Embolia arterial

Vários estudos clínicos sugerem que o aneurisma do septo interatrial (ASI), seja isolado ou combinado com outros defeitos, pode estar relacionado a eventos de embolia arterial. Essa associação é baseada em evidências estatísticas que demonstram uma ligação entre ASI e eventos embólicos cerebrais e/ou periféricos isquêmicos.

De fato, a incidência de eventos clínicos compatíveis com embolia de origem cardiogênica parece ser significativamente alta em pacientes com ASI, variando de 20% a 52%.

Esses achados ressaltam a importância da avaliação e acompanhamento cuidadosos de pacientes com ASI para prevenir complicações embólicas.

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Como Tratar Aneurisma do septo Interatrial?

O tratamento do aneurisma do septo interatrial (ASI) simples e isolado não requer medidas específicas, mas os pacientes devem ser avaliados quanto à presença de trombos no aneurisma.

Para prevenir AVC recorrente, em casos de ASI associado a outras anormalidades do septo atrial, como forame oval patente (FOP) ou comunicação interatrial (CIA), as opções terapêuticas incluem o uso de medicamentos anticoagulantes ou antiplaquetários, além do fechamento cirúrgico ou percutâneo do defeito do septo interatrial.

Para evitar embolia paradoxal recorrente, especialmente na presença de derivação, recomenda-se o fechamento do shunt através de procedimento transcateter. Em pacientes com fibrilação atrial, o tratamento específico é direcionado para essa condição, enquanto o uso de anticoagulantes orais pode ser necessário em casos de episódios embólicos.

A terapia com aspirina tem sido sugerida por médicos franceses como eficaz em pacientes com FOP e ASI, mostrando bons resultados na prevenção de eventos cerebrovasculares recorrentes.

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Conclusão:

Embora a fibrilação atrial seja uma conhecida causa de acidente vascular cerebral, a presença do aneurisma do septo atrial demanda atenção especial quanto à sua real contribuição.

Existe a possibilidade de que o aneurisma do septo interatrial possa ser um fator causador de acidentes vasculares cerebrais.

Você tem aneurisma do septo interatrial?

Faz algum tratamento? Conte-nos? O que apareceu em seu exame de ecocardiograma? Deixe o seu comentário. O que o seu médico lhe disse a respeito?

Fontes (em inglês): MayoClinic, Cleveland Clinic, Heart.Org, NIH, Sociedade Brasileira de Cardiologia.

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(3) O Dr. Leonardo Alves é Médico Cardiologista em Teófilo Otoni (CRM.MG: 33.669) e atende na Clínica Cardiovasc – Agende aqui!