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Palpitação: Pedro jurava que não estava bem! Já tinha ido a vários médicos e parece que ninguém acreditava nele… Aparentemente, tinha palpitações mas médicos achavam que os sintomas eram psicológicos, até que certo dia… #Bingo! Foi uma surpresa! Confira!

Sou Dr. Leonardo Alves, médico cardiologistaDeixe sua pergunta nos comentários, ou aqui!.

Os Casos Reais (com nomes fictícios) são uma forma bastante legal de entender as palpitações e arritmias cardíacas. Hoje, vou mostrar a história de Pedro – Muito, mas muito comum nos dias de hoje…

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O Caso de Pedro:

Palpitação: Pedro é um paciente de 38 anos, com Hipertensão arterial leve e controlada, veio ao meu consultório com sintomas que pareciam muito com as palpitações, e, claro, queria uma solução!

Ele carregava esses sintomas há anos e dizia que os médicos não acreditavam mais nele! Já se mostrava nervoso e chorou durante a consulta!

Você já deve imaginar: Dizem que “Homem não chora”, mas Pedro estava tão ansioso e tão nervoso que começou a chorar durante o atendimento. Não era fingimento! Era choro de sofrimento, mesmo!

Da minha parte, eu já acreditaria nele sem o choro, mas ver as lágrimas correndo pela sua face mostrou-me, com ênfase, o quanto as “malditas palpitações” estavam tirando a sua paz.

“Dr. Eu não estou tolerando esta situação! Sinto que vou morrer a qualquer momento”, disse ele.

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Durante a Anamnese:

Palpitação: Pedro iniciou a consulta dizendo que estava em uma peregrinação! Que já havia passado muito tempo e já procurava vários médicos em busca de uma solução.

Ele já havia feito:

  • 5 exames de Holter.
  • 2 ecocardiogramas.
  • Vários eletrocardiogramas.
  • 1 teste ergométrico.

Ele era casado, tinha dois filhos e dizia que seu relacionamento com sua esposa era muito bom – ela o acompanhava em todas as consultas e mostrava-se preocupada com ele. Especialmente nesse dia, ela não compareceu.

Resumindo:

  • Pedro sentia palpitações a cada 3 ou 4 semanas;
  • Após as palpitações, ele sentia o coração acelerar-se MUITO.
  • Pedro era sedentário;
  • Advogado, com um emprego fixo na prefeitura;
  • Estava com sobrepeso leve: IMC: 27;
  • Tomava cerveja 2 vezes por semana;
  • Usava café diariamente – 5 xícaras/dia.

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A história familiar de Pedro:

Palpitação: Pedro tinha dois irmãos mais jovens, ambos saudáveis; sua mãe havia falecido por câncer de mama e o pai era um idoso com boa saúde.

Um dos seus tios tinha tido uma Morte súbita, aos 72 anos.

O Exame de Pedro:

Pedro tinha um exame cardiológico saudável. Sua pressão arterial era de 140/82mmHg (14/8,2cmHg) e estava em uso de Amlodipino – sua pressão arterial estava muito bem controlada e a sua Frequência cardíaca era de 86bpm.

  • Não tinha sopros cardíacos.
  • O Ritmo do coração era regular;
  • Durante o exame, não percebi nenhuma extra-sístole (como ocorreu no exame do Caso #1 – de Carla)
  • O Pulso era regular e normal.

Não encontrei nada de especial ou diferente no exame de Pedro – não criei nenhuma expectativa e já fui logo tranquilizando-o:

“Seu exame físico está ótimo!” Eu disse.

Qual Pedro levantou-se da maca e sentou-se na cadeira ele assustou-se e disse:

“Senti! Senti uma palpitação!”

Eu corri para tentar auscultar, mas não deu… Perdi a oportunidade! Nós dois ficamos frustrados, pois se as palpitações ocorriam a cada 3 ou 4 semanas, iríamos demorar para ocorrer outra.

Entretanto, ele me disse que essa semana as Palpitações estavam muito, mas muito mais frequentes.

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A primeira Impressão!

Palpitação: Pedro tinha palpitações pouco frequentes e já havia feito vários exames para tentar diagnosticar a Arritmia que lhe causava palpitações.

De fato, tudo que ele descreia tinha a forte conclusão de que era mesmo uma Palpitação – e eu não tinha dúvida disse.

Mas qual arritmia estava causando essas palpitações?

  • Seriam as Extra-sístoles?
  • Outra arritmia cardíaca?
  • Seria uma Taquicardia supraventricular?

Eu, realmente, precisava de um diagnóstico causal e também aliviar os sintomas de palpitação de Pedro.

Independente da causa da Palpitação, a pergunta é:

  • Qual a Arritmia está causando as palpitações?
  • Há lesão cardíaca estrutural?

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O Eletrocardiograma de Pedro:

Infelizmente, o ECG de Pedro não mostrou nenhuma evidência de Arritmia ou de Qualquer outra Extra-sístole.

  • o ECG estava completamente normal.

Diagnóstico Inicial de Pedro:

  • Palpitações – a esclarecer
  • Extra-sístoles Ventriculares? Suspeita forte!

Nota do Diagnóstico:

O caso de Pedro, diferente do caso de Carla, o diagnóstico foi complicado. O quê eu, como médico poderia fazer? Ele já havia procurado alguns colegas, já havia feito Holter por várias vezes e ninguém havia diagnosticado – eu não faço milagres!

Mas um detalhe chamou a minha atenção:

“Dr. Essa semana as Palpitações estavam muito, mas muito mais frequentes. Só por isso eu lhe procurei!.

Nesse caso, se nós tivéssemos muita sorte, o Holter poderia “pegar” a arritmia cardíaca de Pedro. Pensando assim, eu o solicitei, mesmo sabendo que o Loop de Eventos é melhor nessa situação em que os sintomas não são diários, como você pode ler nesse artigo.

Solicitei:

  • Ecocardiograma;
  • Holte de 24 horas (e torci muito para pegar a arritmia).

Pedro concordou, pois sentia que era o momento de capturar a arritmia.

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Exames Complementares:

Ecocardiograma transtorácico:

Palpitação: Carla realizou um Ecocardiograma Transtorácico logo após a consulta médica e o exame mostrou o seguinte resultado:

  • Função sistólica Global preservada.
  • Câmaras cardíacas de dimensões normais.
  • Padrão Anormal de Relaxamento diastólico do VE (RDA).
  • Insuficiência mitral Discretas.

O Holter de 24horas e Extra-Sístoles:

Para nossa surpresa… Pedro estava super feliz, pois ele sentiu as palpitações no dia do Holter, da mesma forma como  ele sentia antes, muito intensa e ele teve a oportunidade de acionar o botão de eventos.

Antes de ler o resultado do Holter para Pedro e analisar junto com ele, ele sentia-se feliz e eufórico! Ele havia sentido a Palpitação e a Taquicardia em um dia que estava usando o Holter.

  • Botão de Eventos acionado às 8:30 horas por PALPITAÇÕES INTENSAS! Quê maravilha!
    • Ele estava fazendo esteira ergométrica, em casa.
    • O Holter seria retirado às 9h da manhã.
    • Até o início da manhã, ele não havia sentido nada e estava muito frustrado.
    • Resolveu fazer um exercício e sentiu as Arritmias!

E o resultado:

  • Batimentos Totais: 124.000 / dia.
  • Extra-sístoles Ventriculares monomórficas: Zero.
  • Extra-sístoles Supraventriculares: Zero.
  • Frequência cardíaca média: 86 bpm.
  • Frequência cardíaca máxima: 160bpm.
  • Botão de eventos acionado: 8:30 horas – Sem Arritmia e Com Frequência cardíaca de 160bpm.

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Qual era a arritmia de Pedro?

Nenhuma!

Pedro tinha uma Taquicardia Sinusal – muito comum em pessoas que faziam exercícios físicos, que estão assustados, que tomaram um susto…

Como médico, fiquei super satisfeito?

Havíamos, por sorte e por coragem de Pedro, encontrado a causa da Palpitação e da Taquicardia.

Causa: Taquicardia Sinusal.

Eu, como médico, tive uma oportunidade diagnóstica excelente e tive MUITA SORTE de Pedro ter me procurado em um momento em que as palpitações estavam muito frequentes – pois pudemos descobrir qual arritmia estava lhe causando as palpitações.

Pedro ficava extremamente ansioso quando o seu coração acelerava e os sintomas de Palpitação apareciam e o assolavam – por isso, ele acabou ficando sedentário.

Não fui melhor que nenhum dos meus colegas médicos, mas eu tive a sorte de conversar com o Pedro no momento ideal.

Mas eu precisava de mais…

Pedro não tinha lesão estrutural – ótimo!

Com ecocardiograma normal, Pedro NÃO TINHA NENHUMA LESÃO ESTRUTURAL CARDÍACA e, portanto, tinha um coração normal.

Conclusão 1:

O coração de Pedro era saudável.

Leia: Tenho Extra-Sístoles – preciso tratar?

Leia: Tenho Palpitações – preciso tratar?

Conclusão 2:

A Taquicardia sinusal percebida por Pedro lhe causavam sintomas e por isso, precisariam ser tratadas – mesmo sendo uma taquicardia normal – tratar o paciente (como um todo) e não a Taquicardia Sinusal, em si – veremos a seguir.

O Teste ergométrico:

Se foi a atividade física que provocou a Palpitação de Pedro, então, o melhor exame para ele seria o Teste Ergométrico.

Fizemos o teste ergométrico e eu pude perceber o quanto o Pedro tinha medo das Palpitações (que agora, eu sabia, era uma Taquicardia Sinusal).

Pedia a ele que fizesse o máximo de esforço possível e só parasse de exercitar-se se estivesse realmente cansado e que não pedisse para interromper o esforço por causa do medo!

Durante o exame:

  • Pedro manteve-se muito ansioso.
  • Seu eletrocardiograma de esforço esteve normal.
  • Pedro olhava a todo momento para o monitor cardíaco.
  • Quando o seu coração chegou a 155 batimentos por minuto (85% da FC máxima) ele pediu para parar.
  • Percebi que ele não estava tão exausto e parou o exame por MEDO.
  • Ele voltou a sentir as palpitações – e achou que fosse ter uma Morte súbita.
  • Mas Pedro estava bem, sem qualquer diferença em seu estado de saúde.

Como Tratar, então?

O primeiro passo do tratamento de Pedro é fazer com que ele perca o medo da “arritmia fatal” que ele achava que tinha.

Enfim, Pedro aceitou que as Palpitações eram causadas por Taquicardia Sinusal e que essa taquicardia sinusal NUNCA iria matá-lo ou causar-lhe morte súbita.

#1 – Pedro tinha Síndrome do Pânico!

Pedro estava com tanto medo, com tanta ansiedade que já estava com Síndrome do Pânico. Lembrem-se que ele chegou ao consultório fortemente abalado emocionalmente.

  • Iniciei o tratamento para síndrome do pânico e encaminhei para um colega Psiquiatra.

#2 – Modifiquei as medicações para Hipertensão Arterial!

Pedro fazia uso de Amlodipino, um poderoso medicamento para Pressão Alta que tem como efeito colateral Taquicardia sinusal e Rubor facial (vermelhidão na face).

Preferi utilizar um Beta-Bloqueador, que trata tanto a Hipertensão Arterial quanto reduz a frequência cardíaca e reduziria a sensação de palpitações que o Pedro sentia.

#3 – Evite energéticos e Estimulantes!

Pedro reduziu o consumo de café – apesar de algumas controversas – sugeri essa redução!

#4 – Alimente-se de forma saudável – Comida de Verdade!

Sempre oriento a meus pacientes a alimentarem-se com comida de verdade! Comidas naturais e minimamente industrializadas.

#5 – Faça atividade física regularmente!

Essa parte foi difícil! Pedro sentia medo de exercitar-se e foi muito relutante em praticar atividades físicas sozinho, na rua ou até mesmo na academia, pois foi em uma esteira que ele passou mal e sentiu palpitações.

#6 – Elimine outros problemas de Saúde!

Hipertireoidismo e outras doenças podem causar palpitações e alterações no ritmo cardíaco. Pedro não tinha outros problemas e sua pressão arterial estava controlada.

#7 – Elimine / Suspenda medicações que possam causar Palpitações!

Foi o que fiz com a Amlodipina. Troquei para um Beta-bloqueador.


Meses depois…

Três meses depois da troca da medicação, Pedro voltou ao consultório para realizar novos exames. Ele ainda estava ansioso e precisava se libertar do medo que tinha de morrer.

Novo Teste Ergométrico:

  • Frequência cardíaca máxima atingida: 126bpm: 69% da Frequência cardíaca máxima para sua idade.
  • Sem palpitações, sem pânico, sem medo.
  • Pressão arterial controlada.
  • O coração ficou mais lento, com o uso do beta-Bloqueador – isso é ótimo!

Depois do Teste Ergométrico:

Grande parte das vezes, o paciente precisa sentir-se seguro consigo mesmo.

Esse segundo exame foi bastante didático para Pedro. Agora, ele percebeu que ele poderia ter uma vida normal, com menos “palpitações” e que se as tivesse, ele saberia que são Taquicardia sinusal normais, do esforço físico.

Quanto ao psiquiatra:

Ele ainda não o havia procurado. Estava em uso das medicações que eu havia prescrito.

Sugeri que ele consultasse com o coleta e ele prometeu que iria procurá-lo. Mas estava sentindo-se muito melhor.


Seis meses depois…

Pedro retorna ao consultório bem, para controle, e só para dizer que estava ótimo! Agendei nova visita em 6 meses, para controle da sua Pressão arterial e de sua ex-arritmia cardíaca.

E então, o quê você achou?

Como você viu, esse paciente não tinha nenhuma arritmia grave e era a síndrome do pânico e uma medicação para pressão arterial que estava trazendo-lhe prejuízo e palpitações.

Você usa alguma medicação?

Já verificou na bula se elas causam taquicardia, arritmia ou palpitações? Compartilhe consoco.

Fontes (em inglês): MayoClinic, Cleveland Clinic, Heart.Org, NIH, Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Disclaimer:

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(3) O Dr. Leonardo Alves é Médico Cardiologista em Teófilo Otoni (CRM.MG: 33.669) e atende na Clínica Cardiovasc – Agende aqui!