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Marcela já tinha se livrado das palpitações com medicações e estava tranquila, mas ela não percebeu que um mal maior estava acontecendo com ela – tudo por culpa das extra-sístoles assintomáticas. Não deixe de ler!

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O tratamento das Extra-sístoles e Palpitações é muito amplo e merece um guia. Além de tratar as arritmias, precisamos tratar pacientes ansiosos e outros com síndrome do pânico. A avaliação adequada dos sintomas é importante mas também é fundamental saber se o coração do paciente é normal ou não.

Nesse caso, vamos mostrar como um acompanhamento inadequado quase provocou um desastre na vida da Marcela e como o tratamento contornou uma tragédia. Confira.

  • Veja também outros Casos Reais de Extra-Sístoles e Palpitações.

 

O Caso de Marcela:

Marcela é uma professora de 45 anos, muito ocupada e cheia de afazeres em sua escola – ela acumula duas funções – dar aulas e ainda é supervisora no período da tarde. Trabalh muito!

Ela sempre fez acompanhamento com um colega cardiologista por causa de Palpitações.

Na época, no início dos sintomas de Palpitação, ela ficava muito preocupada com o medo de ter uma morte súbita. Só que ela foi muito bem tratada e muito bem orientada por esse colega cardiologista.

 

Marcela estava tranquila – sem palpitações!

Recebeu uma medicação adequada – um beta-bloqueador e mantinha-se totalmente assintomática por três ou quatro anos – muito, mas muito raramente ela sentia Palpitações.

Ela repetia a prescrição do médico e comprava sua medicação na farmácia.

 

A Avaliação Inicial de Marcela:

Marcela não tinha nenhum problema grave em seu coração, já havia sido avaliada com exames cardiológicos (ecocardiograma, Holter 24horas e Teste ergométrico) e nenhum desses exames mostrou qualquer alteração.

Seu Holter mostrou:

  • Total de Batimentos: 112.000 batimentos.
  • Total de Extra-sístoles: 1.230 monomórficas isoladas.
  • Total de Palpitações duas.

Seu Ecocardiograma mostrou:

  • Função Ventricular normal.
  • Câmaras cardíacas de dimensões normais.

Seu Teste Ergométrico mostrou:

  • Boa aptidão física.
  • Ausência de arritmias graves.
  • Presença de Extra-sístoles ventriculares monomórficas que melhoraram com o esforço.

Conclusão:

Marcela era uma paciente de baixo risco para morte súbita e se enquadrava na abordagem de Tratar as Palpitações para alívio dos sintomas (veja imagem abaixo).

Ela recebeu o tratamento com beta-bloqueador que aliviou quase que completamente seus sintomas. Ela estava super satisfeita com o tratamento.

De tão satisfeita, ela parou de acompanhar e de fazer suas consultas regulares de retorno. As tarefas da escola aumentaram e seus filhos e esposo começaram a exigir mais dela.

 


 

 

Quatro Anos Depois…

Hoje em dia, o tempo, os dias, os meses e os anos passam muito rápido e quase sem perceber, ficamos anos sem fazer nossa avaliação médica – e foi isso que aconteceu com Marcela.

Muitos afazeres fizeram com que ela se esquecesse das orientações do seu cardiologistas de retornos a cada 6 meses, para acompanhamento das palpitações (no caso dela, tinham melhorado) mas também dos possíveis efeitos colaterais das medicações.

Marcela não escapou de uma bronca do seu cardiologista, mas, pior que isso, seu coração já não era mais o mesmo!

Seu Holter mostrou:

  • Total de Batimentos: 111.000 batimentos.
  • Total de Extra-sístoles: 25.230 monomórficas isoladas: 22.9%!
  • Total de Palpitações Nenhuma.

Seu Ecocardiograma mostrou:

  • Disfunção Ventricular – Fração de Ejeção de 42%.
  • Aumento leve das Câmaras cardíacas: ventrículo esquerdo e átrio esquerdo.
  • Insuficiência mitral em grau leve a moderado.
  • Hipertensão vascular pulmonar – PSAP: 43mmHg.

Seu Teste Ergométrico mostrou:

  • Aptidão física regular.
  • Ausência de arritmias graves.
  • Presença de Extra-sístoles ventriculares monomórficas frequentes no início do exame e que melhoraram com o esforço.

Conclusão:

Claramente, o coração de Marcela piorou.

A piora da função cardíaca com devido às extra-sístoles ventriculares não é algo comum, mas é um caminho possível. Você vai se recordar que as extra-sístoles de Marcela não eram frequentes e não era de se esperar que as Extra-sístoles tivessem piorado tanto – aumentando muito a frequência!

 

O quê chama a Atenção?

  • Marcela não tinha nenhuma palpitação.
  • As extra-sístoles se tornaram muito frequentes: 22%.
  • A medicação não conseguiu “segurar” a ocorrência de extra-sístoles.
  • Seriam arritmias causadas pela medicação? Efeito pró-arrítmico da medicação?
  • Surgiu uma nova doença? um problema nas coronárias?

 

Cintilografia Miocárdica:

  • Baixa probabilidade de isquemia miocárdica.
  • Isso indica que a chance de ser um problema nas coronárias é bem pequena.

A elevada frequência das Extra-sístoles no coração de Marcela fez com que o seu coração perdesse força e isso provocou uma Insuficiência cardíaca.


 

Claramente, se fizéssemos a mesma pergunta que fizemos no caso de Junio (Caso #4):

  1. A insuficiência Cardíaca era Causa das Extra-sístoles? ou
  2. As extra-sístoles eram a causa da Insuficiência Cardíaca?

 

Marcela foi fazer Ablação por Cateter.

Lembra-se da pergunta que fizemos anteriormente nesse caso?

  1. A insuficiência Cardíaca era Causa das Extra-sístoles? ou
  2. As extra-sístoles eram a causa da Insuficiência Cardíaca?

 

Apesar de Junio e Marcela não terem lesão estrutural cardíaca e, portanto, tinha um coração anormal, imaginamos que a causa das insuficiência cardíaca eram as extra-sístoles ventriculares frequentes. A boa notícia é que há tratamento.

 

O Estudo Eletrofisiológico e Ablação:

Muito parecido com o Caso de Junio, o estudo eletrofisiológico, observou-se que as Extra-sístoles eram muito frequentes, tinham origem na via de saída do Ventrículo direito e também não havia nenhuma arritmia grave.

Os médicos realizaram a ablação – cauterização do local que gerava as Extra-sístoles fez com que elas desaparecessem e o Junio saiu do procedimento sem qualquer complicação.

A recuperação!

60 dias depois…

Ela realizou Holter de 24horas que mostrou:

  • 800 extra-sístoles ventriculares – muito menos;
  • Nenhuma palpitação.

Ecocardiograma:

  • Fração de ejeção voltou ao normal: 65%
  • O tamanho do Ventrículo reduziu e se tornou normal.
  • Sem Hipertensão pulmonar.

Conclusão? Moral da História?

A principal mensagem que esse caso quer mostrar é que o acompanhamento com seu médico é fundamental para monitorar o tratamento das suas extra-sístoles.

É importante não confundir Extra-sístoles com Palpitações – pois as extra-sístoles podem ocorrer mesmo que o paciente não tenha qualquer Palpitação.

 

Marcela teve sorte! Sorte de ter um médico cardiologista (meu colega) que optou pelo melhor tratamento! Sorte por ter tido tempo para recuperar seu coração! Sorte por não ter tido uma morte súbita causada pelo seu coração fraco!

 

E você?

Tem feito sua avaliação cardíaca? Tem repetido seus exames conforme seu médico lhe solicita?

Deixe o seu comentário e veja outros casos clínicos.