Alterações difusas da repolarização ventricular: É normal? Quando devo me preocupar? Em qual situação as Alterações difusas da repolarização ventricular são perigosas?

Pergunte ao Cardiologista:

A dúvida de hoje é da Maria Elivânia, feita nesse artigo:

Boa noite,
Fiz o exame e o resultado foi o seguinte: ECG: Ritmo sinusal FC 75, alterações de repolarização ventricular. Isso é normal, ou devo me preocupar e procurar um médico?

Carlos

Alterações da Repolarização Ventricular

As alterações da repolarização ventricular são distúrbios elétricos do coração que afetam a fase de repolarização, que é o período em que o músculo cardíaco relaxa após a contração. Essas alterações podem ser identificadas por meio de um eletrocardiograma (ECG) e podem ser indicativas de diversos problemas cardíacos.

Causas

Essas alterações podem ser causadas por uma variedade de condições, incluindo:

• Distúrbios eletrolíticos, como desequilíbrios de potássio, cálcio ou magnésio;
• Doenças cardíacas, como infarto do miocárdio, cardiomiopatias ou inflamações cardíacas;
• Uso de certos medicamentos, especialmente aqueles que afetam o sistema elétrico do coração, como alguns antiarrítmicos;
• Anormalidades congênitas no sistema elétrico do coração.

Tipos de Alterações

As alterações da repolarização ventricular podem se manifestar de diferentes formas no ECG, incluindo:

• Elevação do segmento ST;
• Depressão do segmento ST;
• Ondas T anormais;
• Prolongamento do intervalo QT.

Importância Clínica

Essas alterações podem ter significados clínicos diversos. Em alguns casos, podem ser benignas e não causar sintomas ou complicações significativas. No entanto, em outras situações, podem indicar um risco aumentado de arritmias cardíacas potencialmente graves, como taquicardias ventriculares ou fibrilação ventricular, que podem levar a parada cardíaca e morte súbita.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico das alterações da repolarização ventricular é feito por meio de um exame de ECG, que registra a atividade elétrica do coração. O tratamento depende da causa subjacente das alterações. Em alguns casos, pode ser necessário corrigir desequilíbrios eletrolíticos, ajustar ou interromper o uso de certos medicamentos, ou tratar doenças cardíacas subjacentes. Em situações graves, como aquelas com risco aumentado de arritmias, intervenções como implante de cardioversor-desfibrilador (CDI) podem ser necessárias para prevenir complicações.

Qual é a dúvida?

A dúvida principal é a seguinte:

1. O que são Alterações difusas da repolarização ventricular?
2. Quando devo me preocupar?

As Alterações da repolarização ventricular são alterações muito frequentes nos eletrocardiogramas dos pacientes e normalmente não representam uma doença específica.

Normalmente, esta alteração é vista na região da ONDA T no eletrocardiograma.

http://sopronocoracao.com/adrv-alteracoes-da-repolarizacao-ventricular-difusas/

Alterações da Repolarização Ventricular: Quando me preocupar?

A alteração da repolarização ventricular raramente representa uma doença específica, podendo ser devido à:

• Pressão alta;
• Idade;
• Diabetes;
• Insuficiência cardíaca;
• Miocardiopatias;
• Dentre outras

Entretanto, a alteração da repolarização que gera preocupação é quando ela se refere à sinais de Angina.

Angina e as Alterações da repolarização ventricular:

Quando o paciente apresenta sintomas de Angina e as alterações da repolarização ventricular ocorrem com a presença de alterações no eletrocardiograma que indicam infarto do miocárdio – aí, sim – nesta situação o paciente deve se preocupar.

As alterações da repolarização ventricular que indicam infarto:

• Infarto sem supra do ST.
• Infarto com supra do ST.

Quais doenças podem provocar esta Alteração na Repolarização ventricular? 

Praticamente, todas as doenças do coração podem provocar essas alterações. Mas elas são muito comuns em:

• Hipertensão arterial sistêmica – clique aqui.
• Insuficiência cardíaca.
• Valvulopatia (problemas nas válvulas).
• Em casos de Hipertrofia ventricular esquerda.
• Em paciente idoso.
• Em pacientes obesos.
• Nos pacientes que já infartaram.
• Em Gestantes;
• Em crianças…
• Etc…

O que seu médico lhe disse?

O mais importante é que seu médico ou o médico que fez o laudo do seu eletrocardiograma não se assustou!

Quando o médico detecta alterações que implicam em urgência, ele logo avisará seu médico assistente ou lhe chamará para uma avaliação mais adequada.

Se você não recebeu nenhum chamado, acalme-se!

Alguma outra dúvida?

Se tem alguma outra dúvida, deixe nos comentários!

Fontes (em inglês): MayoClinic, Cleveland Clinic, Heart.Org, NIH, Sociedade Brasileira de Cardiologia.

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(3) O Dr. Leonardo Alves é Médico Cardiologista em Teófilo Otoni (CRM.MG: 33.669) e atende na Clínica Cardiovasc – Agende aqui!