Angioplastia na Ponte Miocárdica é uma opção de tratamento da ponte miocárdica em algumas situações bastante específica! Se você sofre com a Ponte Miocárdica, confira este artigo.
Pergunte ao Cardiologista:
O artigo de hoje é um complemento do artigo anterior (tratamento cirúrgico da Ponte miocárdica) e complementa ainda, o tratamento medicamentoso da ponte miocárdica.
Qual é a dúvida?
A principal dúvida que os médicos e pacientes tem em relação à ponte miocárdica é em quais situações optar pelo tratamento cirúrgico. ((Myocardial Bridging: An Up-to-Date Review))
O que é Ponte Miocárdica?
A ponte miocárdica é uma anomalia congênita onde um segmento de uma artéria coronária é envolvido por feixes de miocárdio (músculo cardíaco), levando a compressão do trecho acometido durante a fase de contração cardíaca.
Temos as artérias coronárias que passam por fora, circulando o músculo do coração.
A ponte miocárdica ocorre quando uma das artérias cisma de se enfiar por dentro do músculo cardíaco, e ao invés de passar por fora, penetra dentro da camada muscular.
Assim, quando o músculo se contrai, a artéria se estreita. Essa situação pode levar a dor no peito, igual angina.
Quando o Tratamento Medicamentoso não deu certo?
O Tratamento medicamentoso da Ponte Miocárdica não dá certo quando o paciente está nas seguintes situações:
- Está usando dose máxima das medicações – Mantém sintomático.
- Está usando dose média/mínima e não tolera efeitos colaterais – Mantém sintomático.
- Está usando Associação de tratamento medicamentoso – Mantém sintomático.
- Tem contraindicações para uso dos medicamentos – Mantém sintomático.
No artigo anterior, discutimos sobre a Miotomia Miocárdica e a Ponte de Safena como opções cirúrgicas do tratamento da Ponte Miocárdica, agora, vejamos a Angioplastia.
Angioplastia na Ponte Miocárdica!
O primeiro caso de implante de stents coronários para pontes severas refratárias à terapia médica foi relatado em 1995 por Stables, ou seja, há muito tempo. Nessa época as técnicas de angioplastia não eram tão boas como as opções dos dias de hoje. ((Coronary stenting in the management of myocardial ischaemia caused by muscle bridging))
Estudos iniciais avaliando essa opção mostraram que o stent pode resolver anormalidades hemodinâmicas e sintomas.42
Após o estudo inicial, vários outros estudos demonstraram altas taxas de revascularização da Ponte Miocárdica com intervenção coronariana percutânea (Angioplastia).
Assim como na intervenção cirúrgica (miotomia ou cirurgia de revascularização), a intervenção coronária percutânea (Angioplastia) deve ser considerada apenas como uma opção terapêutica em pacientes com ponte refratária à terapia medicamentosa, com a expectativa de que as taxas de revascularização sejam altas mesmo com os stents farmacológicos.
Conclusão:
Para pacientes com sintomas refratários, várias estratégias de intervenção foram tentadas:
- como miotomia cirúrgica,
- cirurgia de revascularização miocárdica e
- implante de stent via Angioplastia.
Entretanto, um estudo prospectivo randomizado é necessário para identificar a melhor estratégia de tratamento para pacientes com ponte miocárdica que não respondem ao tratamento medicamentos otimizado..
E você, como está o seu tratamento?
Deixe o seu comentário.