Prolapso da valva mitral e ansiedade são frequentes. Você vai entender as duas patologias e as suas associações.
O que é o Prolapso valvar mitral?
Trata-se de um fechamento anormal da valva mitral (a válvula que está entre o ventrículo e átrio esquerdos)… o fechamento desta válvula é ligeiramente “para dentro” do átrio esquerdo. (3)
Leia o artigo principal sobre
- Prolapso da valva mitral
- Prolapso da valva mitral e ansiedade (este artigo)
- Quando prolapso da valva mitral é perigoso?
O prolapso da válvula mitral ocorre quando os folhetos da valva mitral do coração (prolapso) ficam como um paraquedas no átrio esquerdo durante a sístole (contração do ventrículo).
O prolapso da válvula mitral é um distúrbio cardíaco comum que pode ser facilmente diagnosticado pela ausculta do coração e pelo ecocardiograma. (2) (3)
Complicações do Prolapso Valvar Mitral
O prolapso mitral é uma doença assintomática e sem complicações. Entretanto, alguns pacientes podem ter um problema cardíaco no futuro.
Essa, a meu ver, é a principal causa da síndrome do pânico e da ansiedade associada ao prolapso: Imaginar, prever, antecipar um problema que não chegou.
As complicações de prolapso da válvula mitral principais são:
- arritmias cardíacas,
- morte súbita,
- endocardite infecciosa,
- regurgitação mitral grave (com ou sem ruptura de cordas tendíneas) e
- eventos isquêmicos cerebrais
Prolapso da valva mitral e ansiedade
O transtorno de pânico é um tipo específico de transtorno de ansiedade caracterizado por:
- pelo menos três ataques de pânico em um período de 3 semanas, ou
- um ataque de pânico seguido por medo de ataques de pânico subsequentes por pelo menos 1 mês.
Prolapso mitral e Ansiedade
A ansiedade é uma sensação de mal-estar. Pode variar de leve a grave e pode incluir sentimentos de preocupação e medo. O pânico é a forma mais grave de ansiedade.
Os pacientes podem começar a evitar certas situações porque teme que elas desencadeiem outro ataque.
Isso pode criar um ciclo de vida “com medo do medo”. Isso pode aumentar sua sensação de pânico e pode causar mais ataques. (4)
Muitos dos Pacientes com prolapso com prolapso antecipam as raras complicações do Prolapso e sentem ansiedade.
Transtorno do Pânico e Prolaspo mitral
O transtorno de pânico e o prolapso da válvula mitral tem muitos sintomas inespecíficos, incluindo:
- dor ou desconforto no peito,
- palpitações,
- dispneia,
- intolerância ao esforço e
- pré-síncope.
Sendo assim, quando o paciente tem transtorno do pânico e quando o paciente tem Prolapso valvar mitral? Qual dos problemas está causando os sintomas do paciente?
Síndrome do pânico – Prolapso da valva mitral e ansiedade
Durante um ataque de pânico, você obtém uma onda de sintomas físicos e mentais intensos. Pode acontecer muito rapidamente e sem motivo aparente.
Um ataque de pânico costuma ser muito assustador e angustiante.
Os sintomas da síndrome do pânico, são:
- um batimento cardíaco acelerado
- tontura
- sudorese
- náusea
- dor no peito
- falta de ar
- tremores
- ondas de calor
- arrepios
- membros trêmulos
- uma sensação de asfixia
- dormência ou alfinetes e agulhas
- boca seca
- uma necessidade de ir ao banheiro
- zumbindo em seus ouvidos
- uma sensação de pavor ou medo de morrer
- um estômago embrulhado
- um formigamento em seus dedos
- sentindo como se você não estivesse conectado ao seu corpo.
Como dito acima, muitos desses sintomas estão relacionados ao prolapso – e pode causar confusão entre as doenças.
Como o prolapso mitral causa dor no peito?
A principal hipótese para que o prolapso mitral cause dor no peito SERIA um estiramento dos folhetos da valva mitral.
Entretanto, essa causa não é 100% confirmada, sendo apenas uma hipótese.
A revisão da literatura deixa poucas dúvidas de que o prolapso da válvula mitral e o transtorno do pânico frequentemente co-ocorrem.
Prolapso da valva mitral e ansiedade – há evidências?
Dadas as semelhanças entre os sintomas das duas doenças, e uma alta taxa de ocorrência conjunta é, de fato, inteiramente previsível que prolapso da valva mitral e ansiedade andem juntos.
Mas Não há nenhuma evidência convincente de uma relação de causa-efeito entre os dois distúrbios.
Também não foi estabelecido nenhum mecanismo fisiopatológico ou bioquímico que una essas duas condições comuns.